sexta-feira, 23 de julho de 2010

UMA ROSA COM AMOR - VERSÃO PAULISTANA - PARTE 17 - AUTORA: CLÁUDIA G

Claude: Dádi, vc tem certeza?

Frazão: Claude, o que que foi?

Claude: Dádi, tá bom preciso desligar. - Claude desliga o telefone e diz para Frazão. - Rosa me abandonou.

Frazão: Como assim te abandonou?

Claude: Frazón, eu preciso de Rosa.

Frazão: Claude, liga no celular dela.

Claude: Não adianta, está desligado.

Frazão: Mas Claude, o que foi que você fez dessa vez?

Claude: Vou te contar o que eu sei q aconteceu e o que eu acho que aconteceu com Rosa.

Claude conta à Frazão toda a estória da noite anterior.

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Amália: Filha, o que eu digo pro seu pai? Ele vai querer saber pq eu estou voltando pra casa.

Rosa: A verdade, sempre a verdade mãe. Não foi assim que vocês me ensinaram?

Amália: Tem certeza de que vc não quer ficar aqui em casa comigo,com seus irmãos, com seu pai?

Rosa: Mãe, aí vai ser o primeiro lugar que ele vai me procurar. Prefiro ficar no hotel mesmo, pelo menos por enquanto, ainda não sei o que vou fazer, preciso decidir, tem muita coisa envolvida. Eu vou ficar bem, não se preocupe. E o pai vai ter que entender.

Amália: Tá bom, vc me liga?

Rosa: Ligo sim, pode deixar. - Rosa e Amália se abraçam por longo tempo. - Ah, mãe! Já sabe não conte à ninguém o meu paradeiro.

Amália: Rosa, Rosa...e a “verdade, sempre a verdade”?

Rosa: Mãe, - Rosa pega na mão de sua mãe. - vamos abrir uma exceção, tudo bem?

Amália: Tá bom minha filha. Vai com Deus e quando estiver instalada no hotel me liga para eu não ficar preocupada, hein!

Rosa entra no táxi e vai embora.

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Alabá: Roberta Vermont! Boa tarde, como vai? Resolveu dar o ar da graça?

Roberta: Alabá não começa.

Alabá: : O Sérgio já foi?

Roberta: Sim, faz tempo. Como vc sabe que ele estava aí?

Alabá: Senti as vibrações. - diz maliciosamente.

Roberta ri, mas ao mesmo tempo se preocupa.

Alabá: O que foi? Aconteceu alguma coisa?

Roberta: Aconteceu.

Alabá: Roberta fala de uma vez!

Roberta: Eu descobri que o Sérgio é o filho daquele meu grande amor do passado.

Alabá: Tá brincando?

Roberta: Jamais brincaria com isso. E o pior, a mãe dele esteve aqui.

Alabá: Peraí, deixa eu ver se entendi. A mãe dele é a tal Joana Carioca, que foi sua grande amiga no passado e que engravidou do homem que vc amava e o filho deles é o Sérgio, é isso??

Roberta: É.

Alabá: Nossa! Me amarrota pq eu tô passada!

Roberta pela primeira vez conta toda a estória do seu passado para Alabá.

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No cortiço...

Giovani: Amália, eu falei que esse casamento torto não ia dar certo.

Amália: Amore, nossa filha está precisando de nós agora. Vamos poupá-la de broncas, tá bom? Ela não quis ouvir o dr. Claude, saiu sem falar com ele e isso pra mim tá cheirando armação daquela ex-noiva dele e do pai dela.

Giovani: Eu não gosto dele, mas vc pode ter razão. Depois de tudo o que já aconteceu, pode ser.

Amália: Giovani, promete pra mim que não vai fazer nada pra piorar as coisas.

Giovani: Mas pq que a Serafina não veio pra casa dela? Ela podia ter vindo pra cá.

Amália: Ela precisa de um tempo pra ela, homem! Giovani, promete ou não promete não piorar as coisas, ãhn?

Giovani: Tá bom, prometo! - diz o ranzinza Giovani.

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Frazão: Claude, então quer dizer que vc e a Rosa estavam juntos de verdade?

Claude: É, estávamos. Pelo menos eu acho que sim. E agora, o que eu faço?

Frazão: Meu amigo, calma! Ela vai voltar porque eu sinto que ela gosta de você.

Claude: Acho que não.

Frazão: Acha que não o que? Acha que ela não volta ou que ela não te ama.

Claude: Os dois.

Frazão: Claude, você gosta da Rosa de verdade?

Claude: Gosto. – responde de qualquer jeito, sua resposta foi quase inaudível para Frazão.

Frazão: Cara, olha pra mim, eu tô falando sério! Você ama a Rosa pra valer ou gosta dela só porque ela te ajuda com os americanos?

Claude: Ah Frazón, não sei, eu nunca me senti assim. Tô confuso demais.

Frazão: Então eu vou te ajudar a desvendar se essa sua relação com a Rosa é namoro ou amizade. Você tem pensando na Nara?

Claude: Non, pra ser sincero, depois que Rosa foi pra casa, nem lembro que ela existe.

Frazão: Quando a Dádi disse que ela foi embora, qual a primeira coisa que lhe veio à cabeça.

Claude: Fiquei triste.

Frazão: Não pensou no projeto?

Claude: Non, claro que non.

Frazão: Claude, eu vou sair por aquela porta e quando voltar me conte o primeiro pensamento que lhe veio à cabeça depois dessa nossa conversa, aí eu dou o veredicto, ok?

Claude balança a cabeça achando aquilo tudo uma tremenda bobagem.

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Enquanto isso...

Janete: Ai, esse escritório hoje tá uma loucura.

Gurgel: Qual o babado, me conta?

Janete: Não, sei. Só sei q tem milhões de recado pra Rosa , só a miss Smith já ligou uma quinhentas vezes, fora a papelada pra ela assinar e ninguém sabe dela.

Gurgel: Como ninguém sabe? Nem o dr. Claude?

Janete: Pelo visto não.

Gurgel: Eu hein!

Janete: (curiosa) Ô Gurgel, e aquela sua estória lá com o dr. Egídio, hein?

Gurgel: Ele me ameaçou, disse que se eu contar o que sei para alguém que eu perco meu emprego por justa causa.

Janete: E desde quando isso dá justa causa?

Gurgel: Janete, justa causa coisíssima nenhuma. Se ele descobrir que eu falei mais do que devia ele me mata.

Frazão: Quem vai te matar Gurgel?

Gurgel: Não ninguém, estava falando do meu irmão, peguei a camisa dele sem ele saber.

Frazão: Seu irmão? Sei. Ele gosta de camisa rosa também, assim que nem vc?

Gurgel: Acho que sim. - diz sem graça.

Frazão: Tá bom, vamos voltar ao trabalho. Gurgel, não esquece aquilo q eu pedi, fica de olho aberto.

Gurgel: Pode deixar, não vou esquecer.

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Frazão cruza com Claude saindo da sala.

Frazão: Aonde você vai?

Claude: Atrás de Rosa, preciso descobrir aonde ela está.

Frazão: (ri) Claude, parabéns, finalmente vc está amando.

Claude olha pro amigo e sai sem responder.

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No hotel, após um banho relaxante, Rosa toma um chá e se perde em lembranças, o que ela mais gostava de lembrar era da madrugada em que ela e Claude dançaram por um longo tempo.

Rosa: (rindo) Ai Claude! Vc é muito engraçado. Não conhecia este Claude tão bem humorado.

Claude: Ah, é que eu não via muitas razões pra piadas.

Rosa: E o que mudou agora?

Claude: Non sei. Digamos que...a vida ficou mais colorida.

Rosa: Hummm, mais colorida? – diz maliciosamente. – Saiba vc que o mundo se torna mais feliz quando a gente descobre se somos o alfinete ou a almofada?

Claude: (rindo) O que você está querendo dizer com isso, ãhn?? Quando disse colorida, quis dizer divertida, não afrescalhada.

Rosa: (rindo) Desculpa, estava só brincando.

Claude: Eu sei.

A partir daquele momento um silêncio profundo, eles dançavam próximos um do outro, na verdade estavam tão juntos que pareciam um só. A música parou e eles nem perceberam, continuaram dançando. Quando se deram conta estavam se beijando, aquilo havia sido inevitável, um beijo longo e o melhor da vida deles e era real, um beijo que disse muito mais do que qualquer palavra poderia ter dito. Depois do beijo, completamente envolvidos ambos não sabiam o que fazer e nem o que dizer um ao outro, então, Rosa segurou na mão de Claude e ele entendeu que aquele gesto era a permissão dela para algo ainda mais inevitável que o beijo naquela noite.

Claude e Rosa se amaram de forma profunda e única. Para Rosa foi a melhor espera de sua vida, para Claude uma noite que mulher alguma já havia lhe proporcionado.

6 comentários:

  1. Cláudia,
    sem palavras.... a parte de hj está belíssima. Delicada na medida certa e envolvente como sempre.

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  2. Cláudia, adorei esse finalzinho! E estou adorando ver esse francês, farabuto, começar a sofrer também. Ele merece! E o Frazão,botando lenha na fogueira, foi muito bom!

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  3. Cláudia, sua versão está muito linda. É bom esse francês sofrer um pouco para perceber que a Rosa é a mulher de sua vida.
    bjs

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  4. Claudia, sua versão tá cada dia melhor. Envolvente, encantadora e fascinante. Parabéns!!!!

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  5. estou sentindo falta da versão 18, esta maravilhosa

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  6. Amei... que romântico... adorei

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