quarta-feira, 28 de julho de 2010

UMA ROSA COM AMOR - VERSÃO PAULISTANA - PARTE 20 - AUTORA: CLÁUDIA G

Claude sorri e faz menção de dar um beijo em Rosa, mas recua ao ver a seriedade estampada no rosto dela.
Claude: Que bom que você veio.
Rosa: Claude, a gente precisa conversar.
Claude: É, precisamos.
Rosa: Posso entrar?
Claude: Essa é a nossa casa, vc non precisa pedir para entrar. Cadê a sua chave?
Rosa: Deixei aqui. Você está sozinho?
Claude: Estou, quer dizer... Dádi está na cozinha.
Rosa: Muito bem. Vou direto ao assunto. - diz sentando-se no sofá. - Eu vou continuar com vc no projeto e vou voltar para o seu apartamento...
Claude: Nosso, ãhn? Nosso apartamento.
Rosa: ...mas depois q isso acabar eu quero divórcio.
Claude: O divórcio? – diz assustado
Rosa: O divórcio.
Claude: Non quer nem ouvir a minha explicaçon?
Rosa: Não.
Claude: Rosa, aquilo foi uma armadilha de Nara e Egídio. Eu não dormi com Nara. Eu fui até lá para comprar as ações de Egídio. Acho que eles colocaram alguma coisa na minha bebida...
Rosa: Chega Claude! Não quero ouvir mais nada. Eu sei o que os meus olhos viram.
Claude: Eu non vou te dar o divórcio. - de repente Claude tem um estalo... - Peraí, peraí entendi...Você está usando essa estória como desculpa pq deve estar apaixonada por aquele investigadorzinho.
Rosa: (ri) Claude, não seja ridículo. Apesar de vc não merecer, eu sempre te respeitei.
Claude: Confessa Rosa! Está apaixonada por ele? Vi bem o jeito q vc olhou pra ele no dia em que ele estava aqui sem camisa.
Rosa: Claude, vc não tem o direito de me cobrar nada. Eu sempre fiz papel de otária casada com você. Enquanto eu ficava aqui bancando a esposa amorosa, dedicada e te livrando das frias com os americanos você estava e só pensava na Nara.
Claude: É tão difícil assim vc entender que Nara não representa mais nada pra mim, ãhn?
Rosa: Contra fatos não há argumentos, Claude.
Claude: Tá bom. – Claude suspira. – E quando vc volta?
Rosa: Hoje à noite, preciso resolver algumas coisas antes.
Claude olha desconfiado para Rosa mas prefere não falar nada.
Claude: Tudo bem, miss Smith está desesperada atrás de vc, ligou para o escritório diversas vezes, a Janete non tem mais desculpa pra dar pra ela.
Rosa: Tá, deixa comigo, eu cuido dela. Vou aproveitar q estou aqui e vou até a casa dela.
Claude balança a cabeça afirmativamente. Um silêncio rápido é quebrado por Rosa.
Rosa: Vou indo... – diz sem sair do lugar.
Claude: Tá. – diz parado olhando para Rosa.
Rosa: Tchau, Claude! – diz indo em direção à porta.
Claude: Espera! – diz se colocando na frente de Rosa.
Rosa: Que foi?
Claude: É...non, nada. – desiste do que ia dizer.
Rosa: Tchau.

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Batateira visita o cortiço.
Batateira: Bom dia, seu Pimpinoni.
Pimpinoni: Bom dia, d. Catarina. Como vai?
Batateira: Bem, obrigada. Sabe me dizer se o seu Giovani está em casa.
Pimpinoni: Sim, está.
Batateira: Obrigada, vou até lá.
Afrânio: Fica à vontade d. Catarina.
Batateira: Com licença.
Joana se aproxima e vê Batateira indo em direção a casa de seu Giovani.
Joana: Humm, quando essa aí aparece boa coisa não é.
Pimpinoni: Tudo bem Joana?
Joana: Tudo Pimpinoni, tudo bem.
Pimpinoni: Está mais calma?
Joana: Mais calma sim, menos preocupada não.
Pimpinoni: Joana, esquece esse passado. O Sérgio não pode ser penalizado por isso.
Joana: Pimpa, eu sei. Mas com tanta mulher para ele se meter foi logo se meter com a Roberta.
Pimpinoni: Ele pode ser muito feliz com ela, já passou isso pela sua cabeça?
Joana: Acho impossível.
Pimpinoni: Por que impossível?
Joana: Porque ela é muito mais velha do que ele e muito mais vivida.
Pimpinoni: Acho que está sendo preconceituosa.
Joana: É o que eu penso. Agora que ela descobriu que ele é meu filho, ela vai fazer de propósito só para me atingir.
Pimpinoni: Isso é coisa da sua cabeça. Mas vamos mudar de assunto... Aonde vai?
Joana: À feira.
Pimpinoni: Posso ir junto? Quero comer aquele pastelzinho de carne.
Joana: Claro, vamos lá.

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Giovani: Pois então, d. Catarina! A que devo sua visita esta hora?
Batateira: Seu Giovani, eu vim falar com o senhor sobre a candidatura do Antoninho.
Giovani: O que eu tenho com isso d. Catarina?
Batateira: Seu Giovani, se o senhor não apoiar meu filho eu conto para o mundo que Serafina já esta casada com o dr. Claude e, ainda por cima, por dinheiro.
Seu Giovani não se faz de rogado.
Giovani: Mas a senhora é muito cara de pau. Veio até a minha casa me ameaçar? Presta bem atenção no que eu vou dizer pra senhora. Se a senhora falar qq coisa da minha filha eu conto “para o mundo” a mata-marido que a senhora é e o caso que a senhora teve com o seu Afrânio enquanto ainda era casada com seu segundo marido.
Batateira: (perplexa) O quê?? Isso tudo é mentira! O senhor não tem provas.
Giovani: Experimenta pra ver dona Catarina. A senhora não vai querer ficar mal falada no bairro, não é?
Batateira desconcerta sai da casa pisando duro, arrumando os cabelos e bate a porta. Na saída cruza com Pepa.
Pepa: D. Catarina, a senhora...
Batateira: Sai Pepa, agora não! – diz sem parar para conversar. – GENTALHA!!! BANDO DE CORTICEIROS!!!

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Rosa: Miss Smith, como vai?
Miss Smith: Rosa! Por onde andou? Estou te procurando desde a noite de ontem. Entra, vamos conversar.
Rosa: Miss Smith me desculpa, estou numa tremenda correria no escritório e hoje fui pessoalmente ver os materiais das obras. – mentiu.
Miss Smith: Você está se saindo muito bem no comando dos negócios, Rosa. Smith elogia tanto vc.
Rosa: É muita gentileza, estou aprendendo com vcs. Mas então, o que a senhora quer tanto falar comigo?
Miss Smith: Rosa, eu estava te ligando para falar sobre trabalho, mas surgiu algo inusitado hoje que torna qq outro problema secundário. Talvez vc esteja trabalhando tanto que...
Rosa: Que o quê??? Pode dizer miss Smith. - diz estranhando o rumo da conversa.
Miss Smith: ...que talvez não tenha tido tanto tempo para cuidar de seu marido.
Rosa: (sorri sem graça) Não estou entendendo, miss Smith.
Miss Smith: Vamos na sala de TV, Rosa. Preciso te mostrar algo.
Na sala de TV miss Smith faz sinal para que Rosa se sente, fecha a porta, pega o controle remoto...
Miss Smith: Rosa, vc precisa ver isso.
Rosa: Miss Smith, o que é isso?
Miss Smith: Seu marido está te traindo.

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“É sempre lindo andar na cidade de São Paulo, o clima engana, a vida é grana, em São Paulo...”

No escritório...
Frazão: E aí? Alguma notícia da Rosa?
Claude: Sim.
Frazão: Não está feliz?
Claude: Si e Non.
Frazão: Não entendi.
Claude: Ela voltou, mas quer o divórcio.
Frazão: O divórcio?
Claude: É, o divórcio.
Frazão: Claude, se vcs se separarem, esquece o projeto e a grana dos americanos.
Claude: Eu sei, mas não é isso que mais me preocupa.
Frazão: O que te preocupa mais do q isso?
Claude: Saber que ela não quer mais estar casada comigo.
Frazão: Ohh meu amigo! Você ama a Rosa de verdade, hein? Nunca imaginei ouvir isso de vc um dia.
Claude: Ela vai voltar pra casa pra dar continuidade ao projeto e depois que isso tudo chegar ao fim...
Frazão: Divórcio? É Claude, não foi por falta de aviso. Você com aquela fixação pela Nara deixou escapar uma mulher maravilhosa que sempre te ajudou sem nenhum interesse.
Claude: Eu sei Frazón. Desculpa, mas eu preciso ficar sozinho.
Frazão: Tá bom, eu vou ver se o safado do Egídio deu as caras por aqui e pensar em algo para tirá-lo do nosso caminho.
Claude lembra da conversa que teve com Rosa pela manhã.

Rosa: ...mas depois q isso acabar eu quero divórcio.
Claude: O divórcio? – diz assustado
Rosa: O divórcio.
E vem à sua mente as lembranças da primeira noite de amor entre eles. Claude se lembra de como ficou encantado ao ver como Rosa foi delicada e carinhosa aquela noite, depois de conversarem tanto e rirem juntos, ao lembrar do seu corpo bem feito, coisa que ele lamentava nunca ter percebido. Claude desejava estar com Rosa novamente, como naquela noite, mas depois da conversa de hoje sentia medo daquilo não se repetir.

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Finalzinho de tarde...
Dádi: D. Rosa, que bom que a senhora está de volta. Essa casa estava muito sem graça.
Rosa: Oi Dádi. Vim um pouco antes do combinado, consegui fazer tudo o que tinha para fazer e vim.
Dádi: Deixa eu levar suas coisas lá pra cima.
Rosa: Obrigada Dádi.
A campainha toca e Rosa vai atender a porta.
Rosa: Paulo, como vai?
Paulo: D. Rosa, como vai? Acho que essas flores são pra senhora.
Rosa pega um belíssimo buquê de rosas vermelhas nas mãos.
Paulo: Eu estava lá embaixo...
Claude: O que significa isso? - diz saindo do elevador e interrompendo o investigador.

4 comentários:

  1. Ai, Cláudia! Imagino a cara que o pão francês sem miolo, vai fazer ao ver rosas vermelhas para Rosa! E levadas por Paulo! E ela, depois disso, com certeza vai pedir pra ele tratá-la por você.Dona Rosa, senhora...muito formal!

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  2. Claudia, queria que as flores fossem do Paulo... Adorei o pedido de divórcio.. hehehe

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  3. Agora que eu quero ver!! Consigo até imaginar a cara desse bobão do Claude vendo as rosas nas mãos do investigador Paulo e já imaginando algo mais!! rsrsrsrs!!Muito bom!! mais acho que essas flores não foi o Paulo quem mandou não!! Ahh, e Como a Rosa reagiu quando viu o video, a Rosa é tão esperta espero que tenha percebido que foi tudo armaçon, como diz o Claude!!rsrs, mais que ele merece um gelinho merece!! Beijosss, mais do que nunca anciosa pelos próximos capítulos!! rsrs

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  4. Até que enfim vou postar um comentário sobre você ClaudiaG!!Meus parabéns pela Versão de Uma Rosa com Amor.Todos os dias chego mo trabalho e logo vou lê a versão do dia.Você está sumida do Mural!!!Abraços

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