sábado, 14 de agosto de 2010

UMA ROSA COM AMOR - VERSÃO GAÚCHA - PARTE 32 - AUTORA: MARIANA LOPES

Claude – Frazão, estou te procurando o dia todo, por onde você andou? Não atendeu o celular? Non retorna... Você nem sabe quem esteve aqui falando comigo hoje...

Frazão – Eu tive um compromisso de manhã, muito importante, e estamos no meio da tarde... Que exagero! Quem esteve aqui?

Claude – Carlos, o marido de Nara...

Frazão – Hoje é o dia dos contatos inesperados... O que ele queria?

Claude – Que contatos inesperados? Eu fiquei desconfiado dele...

Frazão – Você desconfiado? Nossa que surpresa...

Claude – Frazon?!! Ele quer que eu o ajude a pegar a Nara e o Egídio e em troca ele ajuda financeiramente à construtora...

Frazão – Mas o que você teria que fazer?

Claude – Dentre algumas outras coisas... bem... resumindo... seduzir a Nara...

Frazão – Ah, mas isso é fácil... você vai tirar de letra...

Claude – Eu non vou fazer isso... eu non consigo nem pensar em falar com Nara, imagina ter alguma coisa com ela...

Frazão – Ué, você com escrúpulos? E rejeitando a Nara... Você acredita agora que ela traiu você?

Claude – Se Nara me traiu ou non, eu descobri que non me importo...

Frazão – Hoje é o dia das surpresas. Está confirmado, você mudou, só não quer assumir...

Claude – Mudei? Que mudei? Como assim mudei? Eu sou a mesma pessoa que você conhece...

Frazão – Claude há pouco tempo você faria qualquer coisa por dinheiro, bem qualquer coisa não, mas isso que o Carlos pediu, você faria... sem piscar...

Claude – Eu preciso do dinheiro, estou quebrado e você, melhor do que ninguém, sabe disso, mas isso eu non faria... e por falar em dinheiro... o pessoal da Europa ainda non fez contato?

Frazão – As duas empresas, reuniões amanhã, mas falamos disso daqui a pouco, agora eu tenho uma coisa muito importante para te contar... hoje de manhã eu falei com a Rosa...

Claude – Você falou com a Rosa e não me avisou? Como é que você fez isso comigo?

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Depois do passeio com Michel, Rosa volta ao hotel e liga para Paulo e ele a convida para um drink.

Paulo – D. Rosa, que prazer revê-la.

Rosa – Dr. Paulo, o prazer é meu, mas eu já lhe disse para não me chamar de dona.

Paulo – Rosa, então, mas para você eu sou só Paulo. Fez boa viagem?

Rosa – Ótima, estou renovada. Então, o que você queria que eu fizesse?

Paulo – Eu tinha pensado em armar uma situação para que gravássemos o que o Dr. Egídio dissesse, mas diante de novos fatos, acredito que isso não vai mais ser necessário, nós vamos conseguir prendê-lo falta muito pouco.

Rosa – O senhor tem certeza que vai conseguir prender esse bandido sem essa gravação? Sim, porque o Dr. Egídio é um bandido e eu estou disposta a fazer essa gravação, se isso garantir a prisão dele.

Paulo – É, mas o seu marido, não concorda que a senhora, quer dizer, você corra nenhum risco e eu tenho que concordar com ele. Esses fatos que apareceram indicam que ele não tem limites e é muito perigoso.

Rosa – O Claude não acredita que o Dr. Egídio seja o mandante desses atentados e dos problemas que a construtora enfrenta e que tenha se aliado a concorrência por causa dos dólares. Agora, eu sei que ele é capaz de qualquer coisa. Eu senti na pele... mas agora eu me sinto mais segura... pois os contratos estão assinados e os negócios garantidos.

Paulo – Não fique tão tranqüila, pois como a senhora fez acusações contra ele é bom ter cuidado, ser cautelosa. E eu creio que o seu marido mudou de idéia sobre o Dr. Egídio...

Rosa – Eu vou ter, mas quero que você me mantenha informada sobre esse caso. O número do meu telefone mudou e eu vou lhe dar o meu novo. O Claude não tem muita convicção sobre essa situação com o Egídio.

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Frazão – Claude, calma...

Claude – Mas como é que eu vou ficar calmo? Como é que você me pede calma?

Frazão – Foi uma exigência dela... Senão a conversa não aconteceria e você nem iria saber que a Rosa está no Brasil... e nem o que ela quer...

Claude – Rosa está no Brasil? Você falou com ela pessoalmente? Frazon, onde ela está? Por aqui ela non apareceu. Quando voltou? Onde é que ela estava? Ela está bem? Perguntou por mim? Vou telefonar para ela... isso sim... (liga) o telefone está desligado...

Frazão – Nossa quanta pergunta... eu acho que não é mais esse número, ela não quis me dizer o número do telefone. Disse que ela que vai me ligar ... onde ela está morando?Eu não sei, pois não consegui arrancar... ela marcou o encontro naquele café que nós sempre íamos... Ela chegou ontem. Onde ela estava? Senta ... (Claude senta) Paris...

Claude – Paris ... na minha terra... mas o que Rosa foi fazer lá?... Com quem?...

Frazão – Claude, calma, eu estou ficando maluco com toda essa sua agitação... onde é que eu parei... Paris... Ela está ótima... linda mesmo... está com um não sei o que ... um brilho.. nos olhos...

Claude – Vai querer dizer que a separação, ir para longe de mim fez bem pra ela... ah para com isso Frazon...

Frazão – Acho que é isso... saiu aquela nuvem.. de mau-humor de cima dela... essa que te acompanha...

Claude com carinha de sofrimento – Frazão, agora non por favor...

Frazão – Você não me deixa falar... cadê todo mundo dessa casa? Não tem cafezinho?

Claude – Eu non sei... de repente eles sumiram... que importância tem isso agora... que cafezinho... vai falando...

Frazão – Foram encontrar com a Rosa... só pode...

Claude – Será? Frazon para de enrolar e conta logo... você falou que ela vai te ligar... Por quê? Pra quê?

Frazão – A Rosa me chamou para conversar e disse que fui eu que a coloquei nessa enrascada de casamento de mentira, que eu fiz a proposta do acordo comercial e que ela acha mais do que justo que eu conclua o negócio...

Claude – Concluir negócio... que negócio?

Frazão – Como que negócio? O casamento de mentira... esse acordo que vocês têm ...

Claude – E o que você tem a ver com isso? O casamento é nosso. Ela tem é que falar comigo, que sou o marido dela.

Frazão – Eu falei isso para ela, mas ela alega que quem fez o pedido fui eu...

Claude – Você, mas non foi mesmo... eu tive que subir e fazer o pedido e ela disse que ia pensar... pensar... eu me lembro muito bem...

Frazão – Ah... que bom que você se lembra... Lembra que você decidiu que ia casar com a Nara no exterior e deixou a garota no banco de reserva... ah disse eu lembro e ela também...

Claude – Outros tempos... eu era uma outra pessoa...

Frazão – Bom, o que eu digo quando ela ligar? Que você vai assinar o divórcio?

Claude – Claro que non... você vai dizer, para a minha esposa, que eu só aceito pensar nessa separaçon se ela falar pessoalmente comigo... Eu non posso aceitar um pedido de separaçon feito por outra pessoa... eu preciso ouvir da boca dela mesmo... da boca da minha esposa... non foi isso que ela te disse no dia do pedido de casamento... pra mim é a mesma coisa... só aceito pensar se ela falar pessoalmente comigo... cada uma que me acontece...

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Pepa está triste. Afrânio chega. Pepa fica em silêncio. Afrânio estranha, sai e volta a passar por Pepa.

Afrânio – Ué, o gato comeu a sua língua?

Silêncio.

Afrânio – Não vai falar comigo? Tá de mal?

Pepa fala baixinho – Afrânio, cansei... sai pra lá que eu vou partir pra outra e deixar que a Batateira se encarregue de você.

Afrânio – Pepa! Também não é assim... você não fez nenhum dos seus comentários provocativos, quando eu passei ... estou estranhando... O que foi que aconteceu?

Pepa fala baixo – Já falei... corre lá pros braços da Batateira, que num salto você vai estar conversando com São Pedro...

Afrânio – Você não é assim, o que foi que aconteceu?

Pepa – Já falei, cansei.

Afrânio – Vamos tomar aquele sorvete?

Pepa – Faz dois meses que eu estou esperando... o sorvete já derreteu... e a minha vontade passou...

Afrânio – Eu compro outro... e tenho certeza que quando você olhar vai querer experimentar...

Pepa – Bem... se é assim... vamos tomar esse sorvete...

Afrânio – Vamos fazer melhor, vou levar você para passear e depois nós comemos alguma coisa e tomamos o sorvete... aceita?

Pepa – Eu vou adorar... mas nós vamos ficar só no sorvetinho ou vai ter mais alguma coisa?

Afrânio – Pepa, você está interessada em mim?

Pepa – Que tipo de pergunta é essa? Interessada como?

Afrânio – Perguntei por que quero saber... interessada, assim daquele jeito...

Pepa – Que jeito?

Afrânio – Assim como homem...

Pepa – Homem, que homem?

Afrânio se aproxima de Pepa e fica encarando seus olhos, ora fitam os olhos dela, ora o decote.

Afrânio – Se você continuar a me tratar assim, eu vou embora e vou ficar com a Cata...

Pepa – Não me ameaça...

Afrânio – Então, me trata melhor...

Pepa – Afrânio...

Afrânio – Gosta ou não gosta? Está interessada ou não?

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Teresinha chega e fica ouvindo a conversa.

Frazão – Mas eu não te contei tudo...

Claude – Non? O que mais você tem para me contar?

Frazão – Quando eu estava conversando com a Rosa, lá no café. Eu quero te dizer que tudo pode ter uma explicação ... chegou um homem para buscá-la...

Claude – Homem? Que homem? Que explicaçon?

Frazão – Ela me apresentou...

Claude – E quem é esse tal homem?

Frazão – A relação deles eu não sei qual é... eu sei que ele é francês...

Claude – Francês? Está dizendo assim como eu... ah só falta você me dizer que a Rosa está trabalhando com importaçon de homens franceses para o Brasil...

Frazão – Eu te pedi para ter calma e eu só resolvi te contar isso, porque mais cedo ou mais tarde, você ia ficar sabendo...

Claude – Mais cedo ou mais tarde... vou ficar sabendo o quê? Quer me contar logo essa história, por favor? Porque eu estou começando a sentir dores na testa... que falar de uma vez...

Frazão – Se você me deixar falar eu conto...

Claude – Fala de uma vez...

Frazão – Senta, fica calmo...

Claude – Para de pedir que eu fique calmo... Você está me deixando mais nervoso... quer contar logo...

Frazão – Bem... Estávamos lá conversando, quando chegou esse homem, me pareceu bastante íntimo dela. Ela nos apresentou e os dois saíram e ela disse que ia me ligar.

Claude – Só isso? Eu confio em Rosa... Você quer é me torturar...

Frazão – Não foi só isso...

Claude – O que tem mais então?

Frazão – Eu fiquei ouvindo a conversa dos dois...

Claude – E o que foi que você ouviu?

Frazão – Que ela ia levá-lo para passear no parque que o pai dela levava eles quando eram crianças... Uma coisa assim...

Claude – O quê? A Rosa levou esse francês no nosso parque?

Frazão – Que nosso parque Claude? Que história é essa?

Claude – Depois eu te explico, agora eu vou lá para esse parque... encontrar a Rosa...

Frazão – Calma, francês, eles não foram para o parque... até porque esse passeio foi de manhã...

Claude – Non foram ao parque?

Frazão- Não. Foram fazer um passeio no helicóptero dele...

Claude – Ah.. esse francês importado... levou a Rosa para passear no helicóptero dele... e como é que você deixou isso acontecer Frazon?

Frazão – O que você queria que eu fizesse? Sequestrasse a Rosa?

Claude – Non, claro que non... mas ...

Frazão – Tem mais coisa...

Claude – Mais coisa?

Frazão – Eu ouvi ele dizendo para ela que adorava os passeios em Paris com ela e que tinha certeza que ia adorar os passeios em São Paulo...

Claude – Passeios em Paris... e eu aqui morrendo de preocupaçon??? Quem é esse cara? Vou ter que descobrir...

Frazão – Você tem um amigo muito inteligente, claro que isso eu consegui descobrir... nome completo...

Claude – Diz logo, que eu vou dar uns telefonemas para saber quem é esse cara...

Frazão – Michel Dupont

Claude – Como é que é?

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No hotel, Giovanni, Amália, Dino e Rosa se abraçam.

Rosa – Pai, que saudades...

Giovani – Filha!! Por que você não foi lá para casa, para sua casa... pra sua família...

Dino – Tá linda Serafina. Eu fui selecionado no Palmeiras... a mãe e a Teresinha te contaram?

Rosa – Contaram sim e eu estou muito feliz por ti... muito.. você merece meu irmão.

Giovanni – Mas tem que estudar, senão vou acabar com isso, logo, logo. Eu não vou ter filho que não terminou os estudos.

Amália – Se não estudar, não vai ao treino...

Rosa – O Dino vai estudar... não é Dino?

Dino – Vou estudar, claro que vou... Fina, adorei te ver, mas depois a gente conversa mais que eu tenho que ir para o treino...

Rosa – Tchau Dino! Boa sorte! Treino essa hora?

Giovanni – Benção meu filho!! Esse aí ta arrastando as asas por aí... deixa que depois eu pego ele de jeito.

Rosa – Vem pai, mãe. Vamos sentar aqui.

Giovanni – Filha, o seu lugar é em casa. Vamos esquecer nossas diferenças. É que eu sempre quero proteger vocês...

Rosa – Eu sei pai. O meu coração estava apertado esse tempo todo, mas eu sabia que nós iríamos nos acertar e que tudo isso iria passar.

Giovanni – Eu vim buscar você. Quero que você vá para a sua casa.

Rosa – Pai, nesse momento eu prefiro não ir.

Giovanni – Por quê? Por causa do Dr. Claude?

Rosa – É, mas não é só por isso...

Amália – Serafina! Você está escondendo alguma coisa da gente...

Giovanni – Serafina, o que quer que seja, nós vamos enfrentar juntos, volta para casa. Aquela é a sua casa de onde você nunca deveria ter saído.

Amália – Volta, minha filha, lá que é o seu lugar, junto da gente e não num hotel.

Rosa – Mãe e Pai, eu sei que vocês querem o que é melhor pra mim... eu preciso de uns dias até as coisas se acertarem. Serão só uns dias ...

Amália – Você está falando isso por causa do Dr. Claude. Porque ele está lá em casa? Nós podemos conversar com ele. Ele vai entender. Filha, ele não merece o que você está fazendo. Não é Giovanni?

Giovanni – Eu tenho que admitir que nesse tempo em que você esteve fora ele se comportou muito bem... ficou lá em casa todo esse tempo. Você sabe como é que eu sou e ele agüentou firme... É um bom homem, vai ser um bom marido para você.

Rosa – Pai, o Claude não quer ser meu marido. O senhor sabe que tudo não passou de um acordo.

Giovanni – E o meu neto? Como é que fica? Eu nem falo com ele sobre isso, nem ele comigo. Você está cuidando bem do meu neto? Por isso que eu quero que você vá lá para casa minha filha. Precisa se alimentar bem, ter muito carinho. E quanto ao casamento... não é o que ele tem dito nos últimos meses...

Amália e Serafina trocam olhares.

Amália – Serafina ele ainda pensa que é verdade ... Filha pensa bem no que você está fazendo...

Rosa – Por isso que eu preciso desse tempo... serão só alguns dias e tudo vai ir para o seu lugar...

Chega Michel.

Rosa – Michel, quero apresentar para você os meus pais. Amália e Giovanni. Pai, mãe esse é o Michel, ele é francês.

Giovanni – O quê? Outro francês, mas o que está acontecendo com essa menina?

Amália – O que é isso Giovanni, cumprimenta o moço. Prazer Dr. Michel, Amália Petroni.

Michel – Prazer D. Amália, pode me chamar só de Michel, por favor.

Giovanni – Prazer Giovanni Petroni.

Michel – Seu Giovanni o prazer é todo meu. Rosa fala tanto em vocês que é como se eu os conhecesse. Vocês criaram uma filha muito especial.

Amália – Muito obrigada, Michel. Serafina é uma boa pessoa.

Giovanni – Eu gostaria de saber quem é o senhor exatamente?

Rosa – Pai, o Michel é o dono da empresa onde estou trabalhando.

Michel – Eu vim convidá-los para jantar.

Rosa – Que ótima idéia! Vamos?

Amália – Eu não sei, Serafina, esses lugares chiques vocês vão ficar com vergonha de nós...

Giovanni – É minha filha...

Michel – Imagina! Seu Giovanni, D. Amália, será uma honra a presença de vocês, não é mesmo Rosa? Eu vou querer saber tudo sobre a Itália...

Rosa – Deixem de bobagem, o Michel é uma pessoa super simples.

Eles saem para jantar.

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Frazão – Michel Dupont... Você conhece?

Claude – Claro que eu conheço... esse mundo é muito pequeno ... estudei com ele...

Frazão – Bem, então, fica fácil... é só ligar para ele..

Claude – Esse cara é um playboy ... muito rico, um conquistador... foge de relacionamentos e principalmente do casamento...

Frazão – Ele tem boa pinta e essa descrição que você fez está me lembrando um outro francês que eu conheço..

Claude – Frazon. non enche...que eu non estou com disposiçon agora... quem falando...

Frazão – O que você vai fazer?

Claude – Vou descobrir onde ele está hospedado. Ele é dono da Les Investissements du Millénaire.

Frazão – Repete o nome...

Claude – Les Investissements du Millénaire

Frazão – Essa é uma das empresas que nós estamos negociando o investimento...

Claude – Isso só pode ser um pesadelo... e o pior é que eu estou acordado...

Frazão – Pesadelo mesmo... E agora?

Claude – Vamos tentar com a outra e deixar essa para o último caso...

Frazão – Tudo bem, eu posso organizar, vou inverter a ordem das reuniões... E como é que você está?

Claude – Muito preocupado...

Frazão – Com a construtora?

Claude – Eu nem estou pensando nisso agora, o que menos me preocupa são os negócios...

Frazão – Claude, eu te conheço há muitos anos e nunca esperei um dia ouvir isso... O que está te preocupando?

Claude – Você quer tirar sangue de mim... mas eu acho que você merece ser o primeiro a saber, quer dizer a ouvir...

Frazão – Como assim?

Claude – Eu me apaixonei por essa mulher, Serafina, mas non é só uma paixon, é um amor ton grande ...eu acho que estou meio maluco... acho tudo que ela faz maravilhoso, o jeito que ela defende quem ela gosta, a confiança que ele tem em mim, quer dizer tinha e isso é que está me matando... Eu non sei se ela vai querer me ouvir... Saber que ela está na cidade e non saber onde... me dá calafrios... Serafina é muito teimosa... tem uma personalidade...

Frazão – Hoje, eu sou uma pessoa feliz, muito feliz. Eu sempre achei a Rosa a mulher ideal para você... e ouvir você admitir isso...

Claude – Mas ela quer a separaçon... e eu quero ficar casado com ela... para sempre...

Frazão – Claude, se declara, cai de joelhos, chora... apela para tudo, no fundo eu acho que ela gosta de ti. A tua indecisão e a lentidão de assumir os seus sentimentos é que provocou tudo isso.

Claude – Mas se isso non for suficiente...

Frazão – Se o seu amor for verdadeiro e eu acredito que é ... vai ser suficiente, mais do que suficiente... agora você tem que acelerar, tem que ter mais agilidade...

Teresinha sorri e sai.

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No hospital, Zequias acorda. E o investigador Paulo é chamado. Zequias conta tudo que sabe sobre Olegário e Bentinho. Paulo avisa Beto, Carlos e Freitas que vão para o hospital. Com o depoimento de Zequias, Paulo e Freitas vão para a delegacia preparar o pedido da ordem de prisão contra Egídio e Zé Pistola. Zequias conta os detalhes da história para Carlos e Beto. Beto descobre que é filho de Egídio e que Nara é sua irmã. Carlos reafirma para Beto que ele será sempre seu filho. Carlos comunica Beto que vai acionar Nara judicialmente pelo pagamento das pensões.

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Beto conta para Teresinha tudo que ele descobriu e Teresinha o consola.

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Frazão – Alô!

Rosa – Oi Frazão, é a Rosa.

Frazão – Imaginei quando vi que o número bloqueado.

Rosa – Você está pode falar agora?

Frazão - Posso, claro Rosa...

Rosa – Então, tudo certo, o Claude assinou os documentos?

Frazão – Eu já conversei com ele... mas ele disse que não vai assinar ...

Rosa – Não vai assinar? Por quê?

Frazão – Ele disse que se é você que quer separar é você que tem que pedir, que ele não pode aceitar um pedido de separação de outra pessoa, que ele precisa ouvir da sua boca, a esposa, o pedido de separação...

Rosa – O Claude está maluco ou o quê? Eu não acredito nisso... o Claude... Ele não está querendo ouvir um pedido de separação de outra pessoa que não seja a esposa dele? Mas que esposa? Isso é demais para mim...

Frazão – Rosa, eu tenho que te lembrar que quando foi feito o pedido de casamento...

Rosa – Eu sei... eu me lembro..

Frazão – Ele também lembra...

Rosa – Marca esse encontro então... para amanhã à noite, pois durante o dia estou ocupada... nove horas, no café que nos encontramos...

Frazão – No café? Acho que nesse horário não vai ser legal, tem muita gente... vamos fazer assim, sabe o hotel da festa de despedida dos americanos, eu vou reservar uma sala para vocês terem privacidade... deixa comigo, nove horas, amanhã... beijos.

Frazão desliga o telefone e faz um gesto de positivo para Claude que está ouvindo a conversa...

Rosa – O Claude tá pensando o quê? Cada uma que me acontece...



4 comentários:

  1. Fala serio, vc quer matar a gente de tanta emoçao, nao e mesmo?nao aguento esperar ate ler a outra parte esta divinooo.bjuss.obrigada

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  2. por favor continua logo......
    está linda.......
    cloude vai aprontar uma bela surpresa imagino.

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  3. Mariana, tua versão tá cada dia mas envolvente e emocionante. Os diálogos excelentes. Adorei a Teresinha ter escutado a declaração, espero q ela conte a irmã antes do jantar, rsrs

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  4. Mariana, está muito bom! Chorei de rir da frase de Claude: Rosa está trabalhando na importaçon de homens franceses.Foi hilário. Adorei! E vejo que está tudo se encaminhando para um final feliz. Bjs.

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