quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

BARRIGA DE ALUGUEL - PARTE 8 - AUTORA: ANNIE WALKER

Amanhece...



Terezinha já estava pronta para ir pro colégio...
Terezinha: Rosa! Rosa você não vai trabalhar hoje não?
Rosa: Hã? Que horas são?
Terezinha: Já são 7 h.
Rosa: Nossa! Já é isso tudo? - diz levantando rapidamente e se direcionando ao banheiro.
Terezinha ri da pressa da irmã.
Claude desperta no hotel, olha o despertador e decide sair pra conhecer a cidade.
Claude vai até a recepção do hotel, coloca no bolso o endereço da boutique de Talita, pega um táxi e fica na cidade, num prédio em que haveria uma breve apresentação de um dos possíveis sócios de sua filial no Brasil. Ao chegar ao prédio e descobrir que o homem não estava, decidiu sair pelas ruas até que...
Adolescente1: Amiga, aquele não é ele? Diz apontando para a capa da revista que estava na banca do jornal.
Adolescente 2: É sim, amiga, vamos pedir um autógrafo!
Adolescente 1 e 2: CLAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAUDE!
Ao ver a revista na banca e as duas meninas correndo em sua direção, Claude se assusta com as duas malucas e começa a correr, sendo seguido por duas fãs de Roberta doidas.
Rosa tinha acabado de descer do seu 1º ônibus e vê um homem correndo, sendo seguido por duas garotas. De repente esse homem vem em sua direção.
Claude: Moça, você precisa me ajudar! Essas loucas! – disse, segurando Rosa pelo braço, totalmente assustados com as loucas que corriam atrás dele.
Rosa: O que você quer que eu faça? - falou assustada
Claude, num impulso, puxou rosa pra dentro de outra banca de jornal e a beijou com o intuito de esconder seu rosto. Rosa, a principio, tentou se livrar de Claude, inutilmente. Acabou se rendendo ao ardente beijo do francês, que já a estava beijando de verdade. Claude e Rosa, sem perceber, se entregaram ao beijo que se tornou intenso.
Rosa não conseguia fugir do beijo daquele homem, que a segurava com firmeza. Claude não conseguia parar, já estava ficando com falta de ar, mas era como se encontrasse algo que estivera procurando a muito tempo.
Rosa: Acho que as suas amigas já foram. – disse, tentando se recompor de beijo do homem que começava a percorrer seu pescoço e não lhe soltava.
Claude: Nón, cherry, elas estão ali. – falou, olhando nos lábios da moça que o enfeitiçava.
Rosa: Onde? – perguntou, inocentemente, olhando para fora da banca de jornal.
Claude: Aqui! – disse o francês, puxando a cabeça de Rosa para um beijo mais intenso que o anterior.
Jornaleiro: Acho que o casal tah confundindo minha banca com um motel, não? – disse irritado.
Rosa, num impulso, empurra Claude, e percebe a m... que tinha feito. Nossa, o que deu nela? E a promessa que tinha feito para si mesma? O que é isso? Nem conhece esse homem e está agarrada com ele! – se questionava, enquanto procurava uma resposta para o jornaleiro, totalmente envergonhada pela cena.
Claude: Perdón, hã? Eu e minha esposa já vamos, neh cherry?- Rosa arregalou os olhos para o francês, ele apenas sorriu pra ela com um olhar “pelo amor de deus não me desminta!”.
Rosa: Perdão, senhor, com toda a certeza do mundo isso não voltará a acontecer! – falou, fuzilando o francês com os olhos.
- Olha ele ali! – disseram as adolescentes, agora com mais amigas...
Claude e Rosa se olham.
Na hora mais inoportuna do mundo, o telefone de Claude toca. As garotas que estavam do outro lado da rua começam a querer atravessá-la.
Claude: Ai, mon Dieu, cadê esse celular? – dizia, enquanto procurava o celular pelos bolsos.
Rosa: Aqui, lerdinho! – falou, pegando o celular do bolso do francês, que estava tenso, e ficou ainda mais ao ver o grupo de estudantes vindo em sua direção.
Jornaleiro: Se eu fosse você, eu corria! – sugeriu.
Não precisou dizer duas vezes e Claude já estava correndo sem direção novamente, fugindo das estudantes louquinhas.
Jornaleiro: Não vai atrás do seu marido, não? Vai deixar ele pra’quelas loucas?- perguntou, enquanto via Rosa apreensiva na frente da banca.
Rosa: Por mim...- se interrompeu ao ouvir o toque insistente do celular. – Nara? – Lê baixo do identificador de chamadas com uma aparente tristeza. Engole seco. – Droga! – diz, ao perceber que já estava correndo atrás daquele grupo de loucas.
O jornaleiro ri da cena, até que avista em sua banca a revista.



Ele arregala o olho, confuso.
Rosa corre atrás do grupo de garotas, na verdade estava atrás era de um certo francês. Claude já estava sem saída, o grupo de meninas se separam e entram em uma outra rua, Rosa consegue com muito custo alcançar o grupo. Claude, de repente pára, ao perceber que o grupo que se desmembrara vinha a sua frente o cercando. Olhou para trás, mais gente. De repente, sente alguém puxá-lo pelo braço.
Rosa: Por aqui! – diz, puxando Claude para descer por uma escada que estava atrás dele mas que não tinha visto – o metrô.
Claude: Aonde você tah me levando, sua louca?
Rosa: Cala a boca, seu francês tarado! Ainda estou te devendo um tapa! E você também vai ficar me devendo essa, ouviu?
Claude: Ah, eu é que devo te processar por seqüestro! E você, que se aproveitou de mim. Eu só te beijei porque... porque... porque... porque era conveniente para fugir daquelas loucas e acabei caindo nas garras de outra! - disse, fazendo cara de coitado. Nesse momento, Rosa pára de correr, se vira para Claude e ...
PLAFT! – foi o som do tapa.
Claude: Sua louca! O que é issi? Me agredindo! Nenhuma mulher bate em mim, só fazem carinho, haã? – falou, irritado, enquanto acariciava a pele do rosto que ardia com o tapa.
Rosa: Prazer, Serafina Rosa Petroni. A mulher que tem vergonha na cara e não fica acariciando qualquer lixo! – falou, enquanto jogava o celular contra o francês. Claude olha o celular e percebe que magoou a moça. Ele sabia que estava errado.
Claude: Ô Rosa! Vem cá! – disse, enquanto corria atrás da nossa heroína. – Ok! Eu me rendo, perdón!
Rosa: Você deve se sentir o bam bam bam , neh?
Claude: O bam quem?
Rosa: Ai, eu tenho nojo de você seu... seu...
Claude: Me chama de lixo e fala que sente nojo? Sabe que não me pareceu na hora do beijo. Você não parecia sentir nojo de mim, nón? – falou, se aproximando perigosamente de Rosa ao ponto de sentir sua respiração ofegante. Ele a segurou pelos ombros aproximando ainda mais o corpo da moça ao seu, olhou os lábios dela que o chamavam, enquanto ela olhava os lábios dele que pareciam cada vez mais apetitosos. O desejo se apoderara inevitavelmente deles.
-Claudeeeeeeeeeeeee! – gritou o grupo de meninas que os havia seguido. Ao gritarem, acordaram o casal dos seus sonhos.
Claude: Ai, mon Dieu!
Rosa: Claude? – disse Rosa, lembrando dos seus sonhos.
Claude: Sim, Claude sou eu, nón sabia? – falou, sem entender. – parece que você é a única. - Rosa continuou assustada com o nome do homem que a havia feito perder as estribeiras.
Claude: Vamos! –disse, puxando-a.
Rosa: Pra onde você tah indo?
Claude: Nón sei!
Rosa: Ai, meu Deus! Tarado, doido e burro! Eu não posso com isso!
Claude: Obrigado por massagear o meu ego, hã?- ironizou.
Rosa não deu ouvidos às piadas do francês e o puxou rumo às roletas.
Claude: Nón teriamos que comprar bilhetes?
Rosa: Se você quer mesmo fugir daquelas loucas, então NÃO! – Rosa puxou Claude, fazendo um zig zag que dispistou o guarda. Eles pularam as roletas, as meninas tiveram que parar na roleta porque os guardas as impediram.
- Claudeeeeeeeeeeeeeeee! – gritavam.
- Mas, seu guarda, eles pularam! – disse uma das meninas e um dos guardas começou a perseguir nosso casal.
Piiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii – o som das portas do trem (metrô) que iam se fechar.
Rosa: EMPURRAAAAAAAAAAAAA! – Rosa e Claude empurraram as pessoas que estavam no vagão LOTADÉRRIMOOOOOOOOOOO!
Claude: Mon Dieu, o que que é issi?
Rosa: Welcome to Rio, baby!

Enquanto isso em Paris...
Na casa de Roberta, a musa estava no seu quarto, distraída, se arrumando na frente do espelho quando:
Alabá: Roberta? Seu prometido está lá em baixo te esperando.
Roberta: Prometido, Alabá?
Alabá: Srsrs...Vai lá Roberta, o Hugo tah lá com o garoto e olha ele me parece ser bem simples. Agora, com certeza, ele é um gato.
Roberta: É? Srsrsrs... Mas agora eu sou uma mulher comprometida.
Alabá: Pobre Claude, daqui a pouco vai sentir sua cabeça doer. Hahah
Roberta: Que é isso, Alabá? Eu sou uma mulher comportada! Hahahha

No cortiço...
Terezinha entra desesperada no quarto do S. Pimpinoni. Acabava de chegar do colégio
Terezinha: SEU PIMPINONIIIIIIII!
Pimpinoni: Calma, menina Terezinha, o que tah acontecendo? Que desespero é esse?
Terezinha: É que eu não quero que a minha mãe me veja aqui.
Pimpinoni: O que foi que você aprontou dessa vez?- disse com um sorriso acolhedor
Terezinha: Eu???? Nada! O problema é a Fina!
Arlequim: Com a Fina? O que q houve com a minha Serafina?
Terezinha: Oi Arlequim! –disse a menina, dando um sorriso para o boneco de madeira.
Arlequim: A menina Terezinha, não falou com o Arlequim, mas o Arlequim fala com ela mesmo assim.
Terezinha: Desculpe, Arlequim, é que eu to preocupada com a minha irmã- disse, triste.
Arlequim: Mas me defina, o que houve com a minha Serafina!
Terezinha: É que ela tem tido uns sonhos estranhos com um homem. Da última vez,, ela acordou suada e... e chamando ele.
Arlequim: Mas isso não é bom, Que nome se ouvia no som?
Terezinha: Claude! Sabe, Arlequim, eu to com medo de isso ser reflexo da última decepção da Fina. Às vezes, acho que ela arrumou um namorado imaginário!
Arlequim: Namorado imaginário???? Acho isso pouco provável! Quem sabe a Fina não tah sentido a presença, da sua alma gêmea?
Terezinha: Alma gêmea?
Arlequim: Sim! Foi o que disse o Arlequim! Todo mundo é na verdade, um ser pela metade! A alma só fica pronta, quando sua alma gêmea encontra!SE for verdade o que o Arlequim diz, a Serafina vai encontrar o que sempre quis. Talvez ela não saiba e se sinta confusa. Ás vezes o amor machuca. Mas no final o mal vira bem, e cada um merece o que tem!
Terezinha: Tomara viu, Arlequim! Eu pensei que minha irmã estivesse ficando louca!!!
Arlequim: Ás vezes, a dor nos aborrece, outras realmente enlouquece. Mas minha Serafina é guerreira e não vai fazer besteira .
A menina sorri, lançando um olhar um pouco mais esperançoso para o boneco e Pimpinoni.

Enquanto isso no metrô...



Claude: Mon Dieu! Que que issi? Nón dá nem pra respirar!
Rosa: Pára de reclamar, seu francês mimado!
- PRÓXIMA ESTAÇÃO: PRESIDENTE VARGAS, NEXT STOP: PRESIDENT VARGAS.
Claude: E pra onde nós estamos indo, hã?
Rosa: Não tenho a mínima idéia!! OU! – gritou ao passar um homem por detrás dela, passando a mão no seu traseiro.
Claude: O que q houve agora, hã?
Rosa: Esse tarado passou a mão em mim!!!!
Claude: EI, SEU ABUSADO!!! TAH MALUCO???? PASSANDO A MÃO NA MULHER DOS OUTROS!!! –disse irritado. Rosa o olhou incrédula
Rosa: Eu não sou sua mulher!
Mulher: Ai, então deixa pra mim que eu nem reclamo. – diz uma loira oferecida com roupas super curtas, e piscando pro francês, que ficou constrangido
Rosa: Ô, SUA PIRIGUETE DE BECO!!! VAI ARRUMAR OUTRA PRA FURAR O OLHO, VIU?
Mulher: Ué, mas você não disse que não é mulher dele!- falou, irônica.
Claude: Viu, nón deu assistência, perde pra concorrência – Rosa o fuzila com olhar.
Rosa: Isso não significa que ele seja o MEU HOMEM! – disse pra mulher, deixando o francês de queixo caído.
Homem: Se tu não quer meu irmão, tem quem queria. – diz o homem, se aproveitando do empurra-empurra pra se aproximar de Rosa.
Claude: OLHA, AQUI SEU...
Rosa: Calma, não vamos discutir com esses aí não! – disse, segurando Claude pelos braços.
Mulher: Casal de doidos, isso sim que vocês são!
Rosa: Então FIQUE LONGE!- disse ainda de frente para o francês e se segurando nele. De repente, a porta do vagão se abre. Entra mais gente, empurrando Rosa pra cima de Claude; Rosa não consegue se equilibrar e cai em cima dele (bem é um cair tipo se jogar, porque cair mesmo não tem como. Hahahaha).
Claude: Calma, cherry, eu não vou fugir não – ironizou.
Rosa: Olha aqui seu... - e o telefone de Rosa começou a tocar. Ela não conseguia pegar o telefone que estava no seu bolso da calça. Claude olhou pra ela, pedindo permissão para pegar o aparelho. Ela, a contra gosto, permitiu. Quando Claude ia abraçá-la sem querer (eu acho, neh?). Nesse momento, entra mais gente no vagão, mas dessa vez é Claude que é empurrado contra o corpo de Rosa, e Rosa acabou indo para dentro do terno de Claude.
Rosa e Claude gelam, mesmo estando tão quentes pelo aperto do local. Claude respira fundo e sente o cheiro do cabelo de Rosa, ele fecha os olhos e aspira aquele cheiro como se fosse o mundo fosse acabar. Rosa, que estava pressionada contra o tórax masculino, sente o cheiro amadeirado que vinha da camisa que o francês tinha por baixo do terno. Claude, ao pegar o celular, se aproveita para sentir o cheiro do pescoço de Rosa. Por puro instinto, ele já não conseguia controlar seus impulsos. Rosa, ao sentir a barba por fazer do francês coçar em seu pescoço, sente um arrepio e não consegue disfarçar o suspiro que deu sem querer.
Rosa: O que você tah fazendo?- disse, de olhos fechados, forçando na voz um tom áspero. Mas, o que saiu foi uma súplica.
Claude: Nón sei. – disse, passando a beijar o pescoço moreno.
Rosa: Me solta, seu tarado! – falou, tentando se livrar dele, enquanto seu corpo pedia “BIS!BIS!”

3 comentários:

  1. Que loucura é essa menina!! Eu é que quero BIS kkkkkkkk Annie AMEIIIIIIIIII!!! Esse capítulo está maravilhoso!!! Já estava com saudade de sua fic, cheguei a pensar que tinha desistido dela e também tivesse nos deixado no vácuo rsrsrs. Vê se não demora a postar tá? Estou ansiosa pela continuação. Parabéns e continue nessa fonte de inspiração. Bjos, Lu

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  2. Annie, só agora consegui ler sua fic...Adorei! Finalmente o encontro (muito engraçado!) dos dois, e vi que vai ser demais! Espero que ela não tenha outra desilusão...Bjs.

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  3. Só quero dizer que gostei muito da sua versão de Barriga de Alugueu com ROSA e CLAUDE, e que é uma pena você ter parado de escreve-la.
    Mesmo que já passaram quase cinco meses, volte a postar aqui a sua fic, por favor! Era muito divertida e romântica...

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