quinta-feira, 21 de junho de 2012

FIC - À PRIMEIRA VISTA - CAPÍTULO 2 - AUTORA: SÔNIA FINARDI

Capitulo II – A descoberta


Rosa chega em seu apartamento.Já é noite e Janete a esperava.

J: Nossa amiga já estava preocupada com sua demora. Porque sei que você não gosta de dirigir sozinha à noite. Que houve? Pegou retorno errado?

R: Ah Jane, nem te conto. Seu patrão, hem? Chegou mega atrasado, quase me espanca, só porque  eu estava podando uma roseira... E pior que  um galho da roseira bateu nele...Mas eu fiz um curativo. - E conta toda a cena.

J: Mas e ai? Acertaram tudo? Quando você começa?

Rosa faz cara de preocupada e diz:

R: Ah Janete! Não sei não.... Sabe, depois que a gente recomeçou, ele me mostrou a casa e na hora que estavamos descendo a escada eu quase cai! Ele me segurou e .... e...

J: Hum,,,, que carinha  boa é essa hem? Rolou alguma coisa né?

R: É Jane. Rolou um beijo. Mas foi sem querer sabe? Assim de repente, sem a gente perceber..

J: Sem perceber, sem querer....Jura?!?!?! Amiga, que  babado! E foi bom? Assim, ele beija bem?...

R: Que isso Janete! Não foi nada sério não. Espero que ele não interprete isso de maneira negativa.

J: Nada sério é? Beijo é beijo e pronto. E  pela sua carinha foi muiiiito bom!

Rosa não responde, vai para o seu quarto, pensando “É, tenho que admitir que eu gostei mesmo.”

Na construtora...

F: Até que enfim você chegou francês...

C: Que houve Frazon? Algo tão urgente assim? Não dava pra esperar até  amanhã non?

F: Claude, Claude... Se você quer mesmo que os americanos façam investimentos na sua empresa, vai ter que se esforçar mais...

C: Ehhhhh! Non estou gostando desse seu tonzinho non, hã? Que que houve?

F: Eu fiquei sabendo que o Coutinho tem feito vários contatos com a Camargo American, nossa concorrente. Então comecei  a investigar e descobri algumas pendências que já podiam ter sido solucionadas, que aliás eram obrigações dele. E uma delas, a mais importante, é o seu visto de permanência.

C: Mas ele garantiu que estava tudo no prazo e em ordem...

F: Mas ele mentiu, Claude. Eu me informei com o Freitas, você lembra dele não?

Claude balançou a cabeça afirmativamente.

F: Então, o canalha do Coutinho não deu entrada nos papéis, e você corre o risco de não poder ficar no Brasil, como empresário.

Claude levanta-se  da cadeira, dá a volta pela mesa, inconformado, muito alterado....

C: Eu não acredito Frazon. Isso não pode estar acontecendo comigo! Os americanos estão vindo pra cá, para formalizar os contratos. E se eu não estiver com o visto de permanência concedido, já era...

F: Segura a onda aí francês, que não acabou ainda. O Coutinho foi trabalhar pra Camargo American. Levou parte do nosso projeto pra lá e ainda enviou uma proposta para os americanos...

C: Mas que mer...Como ele teve coragem depois de tudo que a gente fez por ele?!

F: Money! Ele está interessado no dinheiro, nos dólares que chegarão, junto com os contratos.

C: Bom, vou contatar alguns conhecidos na França, tentar uma soluçon, hã? Mon Dieu! Se eu encontrar o Coutinho eu acabo com ele Frazon!

F: Calma, meu amigo. Vamos trabalhar nisso. Melhor você avisar o Freitas e passar os contatos pra ele, quem sabe ele consegue uma saída. De repente ele conhece alguém que conhece alguém...

C: Engraçadinho, como sempre, hã? Non teve graça non.

F: E por falar em graça, que aconteceu na sua testa, hem? Algum marido traído te achou?

C: Mas que isso? Eu sei onde piso, hã? E só pra constar, foi aquela mulherzinha irritante, a tal   Serafina Rosa, a paisagista, que você arrumou...

F: Não acredito francês! Você já foi pra cima da moça? E pelo jeito ela deu um golpe certeiro! E faz uma pose de Karatê-Kid.

C: Oh Frazon, muito engraçadinho de sua parte! Aquela lá podia se candidatar a terroristazinha, hã?

F: Que isso Claude, respeita a moça que ela não é igual essas que você costuma sair não...

C: E como  é que você sabe? Já  tentou algo é?

F: Hummm! Ficou com ciúmes, é? Eu conheço a Rosa há uns três anos. Ela mora com a Janete, dividem um apartamento desde que o noivo a largou praticamente na porta da igreja. Deve fazer uns  cinco anos. Engraçado! O mesmo tempo que Nara e você!

C: Já pedi pra você não tocar  no nome dessa... mulher, hã?

F:. Foi mal francês. Mas, e aí? Como foi que isso  foi parar na sua testa hã?


C: Senta ai que eu vou te contar! -  Blá blá blá blá... - E foi isso.

F: Minha nossa, quem diria! A Rosa.... Vê se não se aproveita dela,  hem! Eu sou um quase anjo negro da guarda dela ....

C: Vamos pra  minha casa jantar,  hã? A Dadi já deve estar cansada de esperar e esse papo aqui,  já deu o que tinha que dar!  Anjo negro!

Um comentário:

  1. Sônia sua fic me promete muitas risadas, estou adorando! E o seu Frazão, já vi que vai ser melhor que o de TS! Muito bom! Bjs.

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