quarta-feira, 22 de agosto de 2012

FIC - À PRIMEIRA VISTA - CAPÍTULO 15 - PRIMEIRA PARTE - AUTORA: SÔNIA FINARDI


CAPÍTULO XV- PERIGOS

Rosa e Claude adormecem satisfeitos um do outro. Um tempo depois, Rosa desperta com o peso do corpo de Claude sobre o seu:
C: Acorda, dorminhoca...- Sussurrava ele ...enquanto  passeava com seu rosto pelo colo dela, provocando arrepios em sua pele. – A gente tem que ir, hã?
R: Hummmm... deixa eu dormir. Só mais um pouquinho... E arca o corpo, tremendo pelos carinhosque recebe.
C: Tem certeza que vocêquer dormir? A gente podia tomar um banho... Tem uma banheira enorme ali... prontinha pra nós chérie... E fica olhando pra ela, esperando uma resposta.
R; Tá bom... quem vai primeiro? – Diz “seriamente”com um olhar de  provocação.
C: Eu... Você... pode ser qualquer um de  nós.. porque no final seremos dois voando lá dentro...
R: Então a gente pode ganhar tempo e ir juntos...
Eles retornam pra casa.  Sobem direto pro quarto, onde literalmente caem na cama, exaustos, mas felizes.
R: Você me deu a melhor noite da minha vida... Eu nunca pensei que pudesse me sentir assim... – Diz pra Claude, já fechando os olhos...
C: Assim como, chérie? – Murmura ele, já quase dormindo.
R: Completa e tão incrivelmente eu mesma...
E os dois vão para o mundo de Morfeu, num merecido descanso do amor.

 O dia seguinte.
Todos estãona construtora. Rosa e Gurgel preparam tudo que irão levar à apresentação do projeto aos americanos.
Na sala de Claude:
F:Claude,  já ligaram avisando que dia os Smith`s vão chegar?
C: Ainda não Frazon... Nem sobre o encontro.
F: A Janete tá se saindo muito bem nas negociações com os bancos e imobiliárias... ela vai longe! Só espero que não muito longe de mim...
C: Eu non acredito! OFrazonzinho com medinho de perder alguém?
F: Muito engraçadinha sua piada!  Claude, eu to pensando em pedir a Janete em casamento, que você acha?
C: Se vocês se amam, eu non vejo porque non... Até porque se non der certo sempre tem o divórcio, hã?
F: Eu preciso perguntar pra Rosa o que ela anda fazendo com você! Ultimamente seu humor tá meio “jeito Frazão de ser”... Muito cheio de piadinha...
C: Ah! Mon ami... A Rosa me faz feliz!....Só isso!
F: Olha aí! O francês dizendo que “uma” mulher faz ele feliz!  To passado! Kkkkkkkkk
C: Frazon... a Rosa é a mulher de minha vida! Non sei porque não a conheci antes, hã? E por falar em chegar, a Roberta tá vindo gravar no Brasil.Você já sabia?
F: Não! Ela te ligou?
C: Non, vi uma nota num jornal ontem. Bem pequena por sinal. Acho que ela non quer alarde...
F: A Alabá, ela vem também?
C: Deve vir. Afinal além de amiga, ela é assistente pessoal de Roberta.
F: Bom,o passado deve ficar no passado. Ela fez as escolhas dela, eu fiquei com as minhas! Simples assim. Vamos voltar ao trabalho, que é o que interessa.

Estados Unidos- Nova York
N: Júlio, você foi o quê? Ameaçado pelos idiotas com quem você jogou? Você perdeu a noção? Aqui não é o Brasil! Aqui “eles” mandam!
Ju: Calma,Nara! Eu já tenho um plano... Já sei onde arrumar dinheiro para pagá-los. Não vou precisar do seu dinheiro pra isso! E vai ser lá no Brasil mesmo. Já que estamos voltando pra lá. Você tem seus golpes, eu vou planejar os meus!
N: Você está passando dos limites, Júlio! Se envolver com a Máfia! Era só o que faltava! Ainda bem que nossa partida está próxima, no mesmo vôo de um certo casal de americanos...

Rio de Janeiro
R: Meu Deus, Alabá! Eu já tinha esquecido do calor dessa terra maravilhosa! Fazia algum tempo que eu não vinha para o Brasil, principalmente pra gravar..
Al: Você firmou sua carreira lá fora na Europa, fez poucos trabalhos por aqui, não é?
R: É. Aqui eu começei no teatro. Um produtor francês assistiu a peça e me indicou pra um teste, na companhia dele. Daí pro cinema foi um pulo.
Al: Você não se arrepende de ter se divorciado?  Gerard Vermont é um nome de peso nesse meio.
R: Não dava mais amiga! Nem pra ele, nem pra mim. E já faz muito tempo. Eu aprendi a não misturar as coisas. Foi difícil mas eu aprendi.
Al: Sei. Então o Sérgio é o que? Obra do acaso?
R: Bom, a gente tá se conhecendo. Temos algumas coisas em comum: somos brasileiros, de origem pobre, etc, etc, etc. E ele soube aproveitar a bolsa de estudos naquela escola de arte. Tanto que passou nos testes do filme.
Al: Você não se importa que ele seja mais novo que você?
R: Não. Isso é uma coisa que está bem clara pra nos dois: quando não der mais a gente se separa e pronto. Eu não vou deixar de ser feliz por um tempo, pra ser infeliz pela vida toda!
Al: Bem, amanhã ele chega em São Paulo e encontra com a gente lá não é? Vamos de carro ou de avião?
R: De avião, amiga. Quero chegar  bem cedo. Temos alguns amigos pra visitar!
Al: Você  podia me deixar de fora dessa visita...
R: Alabá não é fugindo que você vai resolver seus conflitos. Você fez a escolha que era melhor pra você na época... pare de se lamentar... o que está feito, está feito!
À noite no apartamento de Claude.
Ele está concentrado em alguns documentos. Rosa e Dadi preparam o jantar.
R: Dadi, você precisa ir lá na casa do Claude, ver a restauração.  Você conheceu aquela casa antes, não?
D: Conheci sim, D. Rosa. Aquele jardim era o xodó de D. Anabelle.
R: Eu gostaria muito de tê-la conhecido. Acho que eu me daria bem com ela...
D: Eu tenho certeza D. Rosa! Ela era uma pessoa assim parecida com a senhora, no jeito de ser. Não tinha frescura, tratava todo mundo igual. Ela deve de tá protegendo vocês!
R: Então ela deve estar feliz.O Colibri disse  que algumas roseiras já estão com botão, Dadi. Você   pode ir amanhã, lá, na casa do Claude?
C: Rosa, porque você fala “casa do Claude”, hã? -  Pergunta ele,  que tinha se aproximado da cozinha – Aquela casa é sua também. Ela é nossa. Nossa casa!
R: Você me assustou! Agora deu de ouvir minhas conversas com a Dadi é?
C: Eu vim pegar água. Non tinha como non ouvir. E  sim, minha mãe  iria gostar muito de você, chérie. Mas  non mais que eu, d´accord?
R: D`accord – E bate continência pra ele  - rsrsrsrs - Vamos jantar, então?
Durante o jantar.
C: Chérie, tenho uma  novidade pra te contar! Você vai  gostar, tenho certeza!
R: Se eu vou gostar... conta logo!
C: Frazon vai pedir Janete em casamento!
R: Que ótima notícia! Ai,  eu queria ver a carinha dela, quando ele pedisse. Nossa ela vai aceitar, ela adora ele!
C: Você torce muito por eles, non?
R: Eu adoro ver meus amigos felizes, assim como nós!
O telefone toca. Dadi atende.
D: Residência do  Dr. Claudes Geraldy!
R: Por gentileza, ele está? É Roberta Vermont.
D: Um momento, por favor. Dr. Claudes é D. Roberta Vermont
C: Ah!. Passa aqui Dadi. - Roberta! Como vai  mon amie? Você já está no Brasil? Sei... amanhã você desembarca aqui em São Paulo. Claro que pode...
Ele percebe que Rosa quer sair da sala de jantar e a segura pelo braço, fazendo-a sentar-se  ao seu lado, no sofá.
C: ... me encontrar  na  empresa. Eu  quero que você conheça alguém muito especial. Ela está aqui do meu lado. Rosa, Rosa é o nome dela! Oui... Até amanhã enton, beijinho!
C: Por que você ia sair daqui, hã? Eu non tenho segredos pra você. E Roberta é mesmo só uma amiga querida. Quando minha mãe morreu, ela fez o papel de irmã mais velha.    Escutou meus desabafos, tentou  fazer eu non brigar com meu pai, e além de você foi                a única pessoa que me viu chorar!
R: Não precisa se explicar, Claude. Você tinha uma vida antes de me conhecer, assim como eu tinha a minha. Eu não sou criança, mas desculpa se pareci uma.
C: Eu sei que você non é mais criança, mon amour. Ma já estava imaginando coisas que nom existiram...
R: Fui tão transparente assim?
C: Como água num copo de cristal!

Manhã seguinte. Na construtora.
Rosa está  na sala de Gurgel  que fora até a casa de Claude com Colibri, juntamente com Janete.
R: Janete, você sabia que o Claude conhece a Roberta Vermont? A atriz?
J: Sabia  sim, Rosa, eu estava mesmo querendo falar com você.
R: Ah! Eu sabia! Eles tiveram um caso, não é?   - Diz Rosa muito brava.
J: Não, Rosa. Que eu saiba não. E se tivessem alguma coisa eu saberia. Porque  o Frazão é que teve algo com a assistente dela.
R: E você está preocupada porque elas estão aqui, não é?
J: Amiga, eu amo o Frazão, apesar de saber que ele foi muito mulherengo. Eu sofri muito, passei muitas noites  chorando, porque ele não se decidia se queria assumir comigo, “só” comigo.
 R: Mas ele assumiu, Jane. Ele pode ser brincalhão, fazer piada de tudo, mas ele  realmente te ama. Tá até preocupado com o seu sucesso, em te perder pra algum  outro diretor  por aí...
J:  Sério? Como ele pode pensar isso!  Mas agora com a Alabá  por aqui, ele pode ter uma recaída por ela!
R: Foi algo muito sério? De muito tempo?
J: Ele não me contou os detalhes. Foi há uns oito ou dez anos, quando ele foi fazer um estágio por lá, na empresa do pai do Claude. Eles se conheceram e rolou algo muito forte entre eles, mas ela  preferiu a carreira, a  vir pro Brasil com ele...
R: Você já conversou com ele sobre isso? Já falou de suas dúvidas?
J: Já. Ele disse que me ama. Que  quer ficar comigo. Que vai me provar isso.
R: Então confia nele, Janete. Confia no seu amor por ele e no dele por você.
J: Ah! Rosa! Você é a irmã que eu nunca tive! Obrigada por me ouvir, viu? E dá um abraço  nela.

Na sala de Claude.
F: Claude, eu tomei uma decisão. Eu vou falar com a Janete agora!
C: Frazon, você  tem certeza, ou está apenas querendo fugir da Alabá?
F:  Alabá e eu tivemos  muitos  momentos bons, mas  o amor precisa  de confiança,  de sincronia, de cumplicidade, assim como você e Rosa. O nosso tempo passou. Agora eu sou cem por cento Janete!
C: Enton vai lá mon ami! Ah! Rosa e eu queremos ser os padrinhos, hã?
F: Eu não escolheria outros!
Ele vai até a sala onde Janete está com Rosa.
F: Com licença, minhas queridas! Janete, eu quero falar com você um momento.
R: Já vi que estou sobrando! Eu vou falar com o Claude. – E sai da sala.
Frazão segura a mão dela e diz:
F: Janete, eu pensei que nunca diria isso na minha vida, que seria sempre  livre, solto na noite.  Mas de uns tempos pra cá, eu percebi que  nunca tinha sido tão  feliz, como quando eu estou com você. Eu cansei de acordar sozinho, sem você ao meu lado.......Janete você aceita se casar comigo?
J: Se eu aceito? Frazão eu te amo! É claro que eu aceito! Mas, isso não é uma fuga da Alabá, não? Eu não quero ser a última a saber, se for isso!
F: É justamente o contrário, a vinda dela me deu a  certeza que é você que eu quero! – E coloca uma aliança, no dedo de Janete, a beijando suavemente.
Sala de Claude:
R: Com licença, Claude....
C: Rosa, non precisa pedir licença. Você é minha esposa, hã? Além de supervisora da empresa. Ou seria o contrário? Diz levantando e se aproximando dela.
R:  Hummm, o Frazão tem razão! Você anda muito estranho, fazendo piadinha!
C: Por falar nele, ele foi pedir a Janete em casamento.
R: Eu sei. Por isso sai de lá. Eu espero que ela seja tão feliz como eu!
C: Impossível, chérie! Eu roubei toda felicidade do universo pra te dar, hã? E a beija na boca,  prosseguindo pela extensão do pescoço até chegar aos ouvidos dela, onde sussurra: Só pra você!...
O toque dele na sua pele, provoca um tremor. Seu corpo reconhece as carícias e ela passa suas mãos pela nuca dele, querendo  mais...
S: Com licença, Dr. Claude...
C: Mon Dieu!
 S: Éhh, desculpa. Eu bati na porta.
R: Tudo bem  Sílvia. Alguma coisa urgente?- Diz se  aprumando...
S: Visita para o Dr. Claude... D. Roberta Vermont...
C:  Ah, d´accord! Faça ela entrar, por favor,  Silvia.

Um comentário:

  1. Sônia está muito legal, acho que Rosa e Janete, não vão escapar de umas ceninhas de ciúme rsrsrs. E a chegada de Nara e Júlio, vai ser um problema! Mas, a história está muito boa, leve e romântica! Bjs.

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