terça-feira, 28 de agosto de 2012

FIC - À PRIMEIRA VISTA - CAPÍTULO 16 - PRIMEIRA PARTE - AUTORA: SÔNIA FINARDI


CAPÍTULO XVI – Encontros

Na sala de Janete.
F: Janete, tudo bem?  Eu sei que você está pensando na Alabá, mas nada me prende a ela há muito tempo... Eu não vou negar que eu gostei muito dela, mas acabou, passou, morreu. Será que você entende isso?
J: Entendia, enquanto ela era apenas uma lembrança, mas agora ela está aqui, bem perto.  De repente você pode ver que aquele sentimento todo não morreu, apenas estava adormecido...
F: Meu bem, eu não sou moleque pra ficar com uma mulher e pensar em outra. Se um dia, escuta bem, “se” um dia, eu deixar de te amar, você será a primeira a saber...
Frazão segura o rosto dela entre as mãos e lhe dá um beijo, numa promessa de amor.
J: Mudando de assunto, vamos lá convidar nossos padrinhos para o jantar oficial? Rsrsrs A gente aproveita pra saber porque o Antoninho estava tão nervoso.

No elevador.
Rob: Tudo bem, amiga?
Al: Tudo – Diz respirando fundo – Ele foi tão frio, tão distante. Mas não podia ser diferente. Eu deixei passar muito tempo...
Rob: Tempo... Eis o nosso inimigo número um! Em vários sentidos, ou todos, não é? Mas eu bem vi, uma certa pessoa, que não tirou os olhos de você! Se joga, querida, quem sabe não dá certo?
Al: Está falando do seu fã? Esse Antoninho, que chegou ai? É, até que ele não é de se jogar fora!rsrsrsrsrsrsr
A porta do elevador se abre, e assim que saem, dão de encontro com duas pessoas conhecidas, que entravam pelo hall.
Rob: Mas eu não creio! Que surpresa! Miss e Mr. Smith`s!  Que coincidência, nos encontrarmos aqui no Brasil!
Mr. Smith: Ora, ora, ora se não é nossa atriz preferida Roberta Vermont! E sua inseparável Alabá!
Ms. Smith: Mas que adorável surpresa! Não sabíamos que vocês estavam aqui em Brasil.
Rob: Viemos a trabalho: meu próximo filme. Mas e vocês? Férias? Sei que adoram o Brasil!
Ms Smith: Não, darling! Estamos à negócios, com a construtora Geraldy. Vamos assinar contrato por esses dias...
Al: Mas que mundo pequeno: acabamos de falar com ele. Ele é amigo de Roberta há muitos anos.
Rob: Então são vocês que vão financiar o sonho de Claude?
Mr. Smith: Um projeto muito bom... muito bom mesmo, não é my dear?
Ms. Smith: Certamente. Então nos vemos em mi recepção, vou enviar convite para vocês.
Rob: Iremos com prazer. Bye!
Roberta e Alabá deixam o prédio e o casal Smith sobe até o andar da construtora.

Na sala de Claude.
J: Nossa, Rosa, que babado! Quem será essa pessoa?
R: Não sabemos, Jane! E também agora não é hora de tristeza! Vem cá que eu quero te abraçar!
Rosa abraça Janete e lhe deseja toda felicidade do mundo.
R: Agora você, Frazão! Até que enfim, hem! Vê se não faz minha amiga sofrer! Senão vai ter que se ver comigo hem! - E imita um lutador de boxe. Rsrsrsrsrsr
C: Ohh, Frazon! Non precisa abraçar forte assim non, hã?
F: Que isso, Claude?! Eu tenho muito respeito pela Rosa. Sempre tive...
Silvia bate à porta:
S: Com licença, posso entrar? – Diz ainda do lado de fora da sala.
C: Claro, Silvia, entre. Que foi hã?
S: Dr. Claude... os americanos..
C: Ah... Pode passar a ligaçon, Silvia!
S: Não. Eles estão aí fora, aguardando...
Todos: O quê?!!!
C: Mon Dieu! Traga eles, Silvia. E providencie café, suco... por favor.
R: Calma, meu amor! Mas eles podiam ter avisado...
F: Bem que o Henrique disse que eles são imprevisíveis!
O casal entra na sala de Claude.
C: Ms. Smith! Mr. Smith! Que prazer revê-los!
Casal: O prazer é nosso, doctor Claude!
C: Bom, Frazon, vocês já conhecem... esta é Janete Medeiros, nossa Diretora e noiva de Frazon... E por último, e não menos importante Serafina Rosa Petroni Geraldy, minha esposa.
O casal cumprimenta a todos, e a empatia entre Rosa e Ms. Smith é imediata e notória.
Janete volta pra sua sala.
F: Rosa, é responsável pelo projeto que apresentamos. Não fosse ela, não teríamos conseguido fazer as mudanças necessárias a tempo.
Mr. Smith: Oh! Tenho certeza que Elisabeth vai se dar muito bem com ela, Dr. Claude! Olha, são já estão conversando como se fossem grandes amigas!
Elisabeth: Então, Rosa, você é a arquiteta responsável pelo projeto! Você foi magnífica, darling!
R: Ah! Mas eu não fiz tudo sozinha! Tive ajuda de um amigo meu, e de todos aqui da empresa!
Smith: Além de inteligente, ela é também modesta, Elisabeth!
Elisabeth: Doctor Claude é um homem de sorte, Rosa, por ter você! Bonita, inteligente, competente! Você me parece uma mulher decidida. E eu gosto de gente assim. It's good.
C: Tem toda razon, Ms. Smith.  Conhecer Rosa, foi a melhor coisa que podia ter me acontecido! Posso dizer que comecei a viver depois de Rosa! E puxa Rosa pra junto de si, num abraço cheio de carinho.
Smith: Well, viemos até aqui, Claude, pra uma visita rápida, pois ainda temos outros compromissos, em nosso escritório aqui em Brasil. E por falar em visita, encontramos com Roberta Vermont, no hall... Temos uma amiga em comum...
C: Roberta é uma amiga muito querida. Ela foi casada com um amigo de meu pai. Nos conhecemos há muitos anos.
Elisabeth: Nós a conhecemos durante um Festival de Cinema, onde éramos os patrocinadores do filme com o qual ela concorria ao prêmio de melhor atriz. E que acabou ganhando por sinal!
R: Vocês não querem mais um café? Um suco?
Elisabeth: Não, obrigada, darling! Nós já vamos...Time is money! Nos vemos na recepção, ok? Não teremos tempo de um encontro antes, como havíamos previsto, infelizmente.
C: Ah, mas com certeza teremos muitos encontros futuramente. Se non pelos negócios, pela amizade, d`accord?
Casal: Certamente... oportunidades não faltarão!
Eles se despedem e saem de cena.
E resto do dia transcorre sem mais novidades.
Dia seguinte – (sexta-feira) – Rosa e Gurgel dão a última passada no texto que elaboraram para a apresentação do projeto, na recepção. Separam tudo que precisa ser levado até o local, conferem e deixam preparado, pois a recepção será já na segunda-feira.
Na parte da tarde, Rosa e Janete vão às compras, pois precisam estar à altura do evento.
Rosa acaba escolhendo um vestido preto, tomara que caia, longo, o que a deixava ainda mais iluminada. No embalo e influenciada por Janete, acaba comprando algumas camisolas: longas, curtas, provocantes... Janete opta por um vestido verde, de um ombro só, também longo, que destacava seus olhos. Sandálias, bolsas, acessórios à parte, tudo escolhido, elas resolvem comer algo. Vão até a praça de alimentação e fazem o pedido. Enquanto aguardam:
R: Janete, eu estou tão aflita, com esses problemas... E ainda essa recepção... Eu detesto falar em público, e se eu gaguejar, engasgar?
J: Vai dar tudo certo, amiga! Você estudou, se preparou... E você é a autora do projeto. Se qualquer coisa der errada, você e Gurgel improvisam. Mas o que você achou da Roberta, dos Smiths?
R: Simpatizei com todos. Ms. Smith me surpreendeu... Por ser americana, eu pensei que ela fosse mais arrogante, mas não, ela me tratou de igual... E você? Foi muito difícil ficar frente à Alabá?
J: Fácil que não foi, né amiga! Mas pelo menos eu desencanei. Não vou sofrer por antecipação. Vou confiar no sentimento, no meu e no do Frazão.
Elas continuam conversando, a conversa caminha para outros assuntos, a tarde cai e elas voltam cada uma pra sua casa.
No apartamento, Claude quer ver o que Rosa comprou, mas ela não deixa.
C: Chérie, deixa eu ver, hã?
R: Não, Claude, agora não. Se você for bonzinho, mais tarde eu mostro alguma coisa...
C: Mais tarde? Isso é chantagem, mon amour!  Dadi, me ajuda a convencer Rosa, hã?
D: Olhe, Dr. Cloudes, se D. Rosa tá dizendo que não vai mostrar agora, melhor não insistir, porque senão é capaz dela não mostrar nem depois! Se é que o senhor me entende!
R: Sabe que é uma boa idéia, Dadi!
C: Ah! Mon Dieu! Dadi eu pedi sua ajuda, non pedi ideias non! Você está de que lado afinal?
D: Oxe! Que agora não to de lado nenhum. To em cima do muro, visse!? O jantar está pronto.
Eles jantam e conversam um pouco. Claude diz que tem uns relatórios pra terminar e vai para o seu escritório. Rosa vai para o quarto, lê um pouco e vai tomar um banho.
Ao sair do banho, pensa se coloca ou não uma das camisolas que comprou. Ela resolve colocar a vermelha: longa, com uma fenda à altura da cocha, e um decote mais que generoso, alças finíssimas.
R: Você não queria ver o que eu comprei?  - Diz ela, provocante, descendo até ficar junto a ele, ao pé da escada.
C: Mon Dieu! Você non podia ter outro nome! Serafina Rosa... “minha” Rosa ardente! Doce como uma menina, provocante como uma mulher... - E a puxa pela cintura,  enquanto seus lábios passeiam pelos ombros dela, num murmúrio de sedução.
Claude a pega nos braços e leva para o quarto.
E assim, perdidos nos carinhos um do outro, seus corpos se falam e se juntam, sem pudor, levando-os, num vôo sem escalas, ao último grau do prazer na terra.

Enquanto isso, num quarto de Hotel, em São Paulo:
N: Agora que já estamos em São Paulo, e já fizemos contato com os americanos, vem a segunda parte do meu plano. Aquele francês não me escapa! Eu sei muito bem do que ele gosta!
Ju: Você vai ou não me contar qual é o seu plano?
N: Vou. Porque alguém vai ter que “distrair” a esposinha dele! E olha que peninha: vai ser você!
Ju: Distrair, pra você significa o quê?  Dar um susto, transar, ou coisa pior?
N: Pouco me importa, desde que eu fique com ele, até conseguir o que quero. Vai dar um certo trabalho, mas  tem compensação, milhões de dólares em troca. .Eu só preciso ganhar a confiança dele, agora os americanos vai ser mais difícil, oh mulherzinha chata!
Ju: E seu... “advogado”, não participa do golpe?
N: Claro que sim! Ele fica com a parte dos documentos, assinaturas, falsificadas, claro! É o que de  melhor ele sabe fazer!
Ju: Sabe, Nara, às vezes, você me assusta! Me dá medo!
N: Isso é bom pra você se manter alerta! Eu detesto ser passada pra trás.
Ju: Eu não seria louco de fazer isso com você, minha cara! – E a beija com violência...

O sábado chega e com ele o compromisso com Roberta Vermont.
Claude e Rosa vão no seu carro, e Rodrigo, motorista da construtora, leva Roberta, Alabá e Hugo, o diretor do filme que chegara na madrugada.
Rosa aproveita e põe em dia a restauração, tomando nota de alguns detalhes, conversando com o pessoal e com Colibri, juntamente com Claude
Hugo acha a casa em reforma perfeita, para as cenas do roteiro, que serão rodadas aqui no Brasil.
H: Perfecto, Roberta! Ainda mas assim como está, em reforma. Esse jardim, meio florido, meio seco... por Dios! És perfecto! Inacreditável! La própria essência de la película!!
Rob: Eu não disse, Hugo? Pena que o Sérgio não conseguiu vôo ontem... Só chega amanhã pela manhã...
Al: Ah! Ele vai gostar. Ele gosta de tudo que você gosta!  Faz todas as suas vontades!
Rob: Que isso, Alabá?  Resolveu descontar suas mágoas em mim? Mira-me, mas erra- me, viu?
Al: Tem razão, desculpa, eu vou me controlar mais.
H: Mi Santo Pablo Picasso! Que passa, Roberta?  Que cena de la história me perdí?
Al: Nada não, Hugo. – E pensa “Só o passado, rondando a minha porta feito alma penada!”
Eles passam mais algum tempo por ali, Rosa acaba conversando muito com Roberta, que conta alguns acontecimentos da vida de Claude, como a morte da sua mãe, que acontecera ali, na casa, o desentendimento com o pai, sua decisão de voltar para o Brasil.
Rosa então compreende porque Claude saiu tão depressa, daquele quarto, no dia em que se conheceram.
Eles voltam pra cidade, e almoçam num restaurante. Claude e Rosa saem primeiro. Rodrigo fica encarregado de levar o trio para casa
Já no carro, Rosa está quieta, calada.
C: Que foi, chérie? Alguma coisa errada? Você acha que a gente non devia locar a casa pra eles?
R: Não é isso, meu amor. É que eu tinha planejado um sábado só nosso! Mas tá tudo bem. Outros sábados virão, não é mesmo?!
C: D `accord! – Diz ele com um brilho divertido no olhar, despercebido por Rosa que encostava a cabeça no banco do carro e fechava os olhos, adormecendo.
C: Rosa! Chegamos! Acorda, hã?
R: Meu Deus, eu dormi mesmo! – Diz meio “perdida”...
C: Dormiu. .mas foi um descanso merecido, porque ontem à noite você estava um pouquinho “agitada”!
R: Seu bobo, pára com isso! Diz vermelha.
C: Adoro ver você assim, vermelhinha! Você ainda non percebeu onde estamos?
Só então Rosa percebe que ele a levou ao Parque Por do Sol.
R: Mas já está tão tarde!
C: Dá pra gente pegar o pôr-do-sol, hã? E hoje, parece que vai ser incrível!
Eles andam pelo parque, até encontrarem um local, onde a vista do pôr-do-sol era perfeita. Eles sentam, bem pertinho um do outro. Claude tira várias fotos de Rosa, com o celular, e pede pra um visitante tirar uma deles juntos, com o sol atrás deles...
Eles estão saindo do parque e Claude percebe que Rosa estremece, pois está anoitecendo e esfriando. Ele tira o paletó e coloca sobre Rosa.
C: Non quero que você fique doentinha. -  Diz fazendo carinho nos braços dela.
R: A única doença que eu tenho é amar você! E parece que é crônico e incurável! Só tem tratamento, controle, sabe?
C: Hum... E posso saber qual é esse tratamento?
R: Dormir nos seus braços, todas as noites da minha vida, dia após dia!
C: D´accord! Isso eu posso te oferecer, com certeza! – E a puxa pra junto de seu corpo, beijando-a, apaixonadamente.
Momentos depois eles seguem abraçados para casa.
No domingo, como combinado, eles vão almoçar no casarão. Após o almoço, conversa vai, conversa vem, Seu Giovanni toca no assunto do casamento:
G: Então, dotore, esse casamento sai ou não sai?
R: Pai!
G: Eu não quero que minha filha fique falada!
C: Seu Giovanni, ainda esta semana a gente vai decidir e marcar a data, na igreja, non é mesmo Rosa?
R: É papai. Nós só estamos esperando a assinatura do contrato, que deve ser amanhã, durante a recepção.
A: Ah! Giovanni! Pára de se intrometer na vida deles! Você devia estar feliz, de ver a nossa Serafina feliz!
G: Porca miséria, Amália! Eu estou felice, hum? Mas quero as coisas certas...
C: Non se preocupe, Seu Giovanni. Desta semana non passa.
R: Claude, vamos? Eu quero descansar, dormir cedo hoje. Amanhã vai ser aquele dia!
A: Tá vendo, Giovanni! Se você não falasse tanto nisso, eles ficavam mais tempo aqui!
C: Que isso. D. Amália! É que realmente a gente precisa ir...
G: Filha, eu não falo por mal, você sabe não é?
R: Sei sim, pai! Mas a gente tem que ir mesmo...
G: Tá certo filha. Dá um abraço na Janete!
R: Ah! Claro, eu dou sim...
D.Amália acompanha-os até a porta e se despede.
Os dois começam a descer a escada, quando de repente Rosa, olha para o portão e diz:
R: Eu não acredito! Sérgio!!!!!
S: Fina! Que saudades de você!
E desce correndo os degraus, abraçando Sergio e deixando Claude sem entender nada...
R: Meu Deus! Quanto tempo, que saudade! Eu pensei que nunca mais ia te ver!
S: Que isso, Fina! Você é muito importante pra mim! Eu jamais deixaria de te ver...
Claude, que já estava perto deles, dá uma tossidinha.
C: Hum...
R: Meu amor, deixa eu te apresentar o Sérgio! Ele foi meu protetor, quando a gente era criança, apesar de eu ser mais velha que ele! Rsrsrsr. Sérgio, esse é o Claude, meu...
C: Marido! Muito prazer, hã? – Diz estendendo a mão a ele.
S: O prazer é meu! E aperta a mão de Claude. Mas você se casou, Fina? E nem me convidou?
R: É uma longa história, Sérgio! Qualquer dia a gente te conta, não é amor?
C: Ah sim... qualquer dia... “que eu espero que non chegue” – pensa, mordido de ciúmes. E puxa Rosa pra perto de si.
S: Pelo seu sotaque, você é francês, acertei?
C: Oui, mas sempre morei mais aqui que na França!
S: Bom, eu não vou perguntar porque dá pra ver que você está feliz, Fina
R: Muito, nunca estive tão feliz! E você? Voltou pra ficar?
S: Não! Apenas trabalho. Eu cheguei hoje pela manhã e queria muito ver o pessoal, principalmente você.
R: Pena que já estou saindo... mas a gente pode combinar um dia. Me liga, Sérgio. Tenho certeza que o Claude vai adorar te conhecer melhor...
S: Combinado. Vou ver seus pais, e o resto do pessoal. Não posso demorar muito.
R: Ok. Mas Sérgio, não menciona que você sabe do meu casamento. Eu te explico depois, ta?
S: Pedido estranho esse, Fina! Mas tudo bem maninha! Até então. - Eles se despedem com beijo e abraço.
Eles voltam pra casa e durante o trajeto, Claude não fala nada, incomodado com o que acontecera.
Já no apartamento, Rosa puxa conversa com ele, que só responde com monossílabos.
R: Claude, que foi?
C: Nada.
R: Nada? Você tava todo animadinho pra vir pra casa e agora parece que perdeu a língua!
Ele fica calado.
R: Ah, não! Claude você ta com ciúmes do Sérgio?
C: Estou! Pronto falei! Non gosto de ver você beijando e abraçando outro non! Tenho esse direito, hã? Tanta intimidade! Você agora é casada! Comigo! – Diz, de maneira ríspida.
R: Claude, eu não fiz nada demais, e o que fiz você estava lá e viu. Em nenhum momento eu desrespeitei você! Eu nunca seria capaz disso! Eu não acredito que você pôde pensar isso de mim! Não admito! O Sérgio é como um irmão pra mim.
Rosa sobe para o quarto, deixando Claude sozinho.
Eu não acredito que ele me disse aquilo... Eu nunca dei motivo pra ele pensar isso de mim. Ah, Claude você me magoou muito agora”
Ela vai pro banho.
Claude permanece na sala. As palavras de Rosa ecoam em sua mente... “eu não acredito que você pôde pensar isso de mim”...
Ele engole em seco, percebendo que falou besteira e que magoou a pessoa que mais ama. Por um sentimento idiota feito o ciúme.
Droga! Eu non consegui me controlar! Ah Rosa! Se você soubesse o medo que eu tenho de te perder, você entenderia... Se eu te falar isso, você vai me entender, non amour?”
Ele sobe para o quarto. Rosa sai do banho nesse instante, só de toalha.
R: Você pode me dar licença pra eu me vestir?
C: Chérie eu que...
R: Bom, então eu vou me vestir no outro quarto, com licença. – Ela pega a primeira coisa que acha na gaveta e sai para o quarto de hóspedes.
C: Isso non vai ser nada fácil... Seu estúpido, aprende a pensar antes de falar! – E vai pro banho também...

Um comentário:

  1. Sônia está muito gostosa essa história, esses ciuminhos de Claude e também os de Rosa de vez em quando, servem de tempero pra essa relação! Muito bom! Bjs.

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