terça-feira, 18 de setembro de 2012

FIC - UMA CHANCE DE AMAR - CAPÍTULO 12 - AUTORA: JOYCE FEITOZA


No capítulo anterior...
Nara: Pelo menos me diz que viaja comigo pra Fernando de Noronha??? (disse dengosa)
Claude: Comprou as passagens non é?
Nara: Sim.
Claude: Tudo bem, to precisando mesmo espairecer.
Nara: Ótimo! Na sexta de manhã vou aguardar você no aeroporto as 9 não se atrase. Agora, me da um beijinho.
Claude se aproximou de Nara e deu um beijo na testa dela depois seguiu para o banheiro.
 Embaixo do chuveiro, Claude respirou aliviado por Nara ter ido embora. Não queria transar com ela pensando e desejando Rosa.
E esse desejo o inquietava de todas as maneiras. Seus braços queriam Rosa, ali, agora. Imagens do primeiro sorriso que Rosa lhe deu, imagens da ultima noite naquele hotel de beira de estrada, imagem de Rosa passando mal no elevador, frágil, aquilo tudo já estava o enlouquecendo.
Claude: Porque desse jeito mon Dieu? Ta tudo ao avesso.

CAP - 12

(22:00 – Apartamento de Rosa)

Depois de tomar um banho, jantar e tomar um comprimido para dor cabeça, Rosa apagou as luzes e foi para o quarto. Ela foi para janela e olhou a noite iluminada pelas luzes dos prédios de São Paulo. Um vazio percorria seu corpo e sua mente era preenchida por Claude.
Ela pegou uma caixinha onde guardava coisas antigas suas, e do fundo de um monte de papéis retirou a foto de Claude sentado na cama.
Rosa:  Estranhos! É isso que nós somos e sempre vamos ser um para o outro. Se eu pudesse voltar no passado.... Esquece, não quero e não vou mais pensar em você hoje. Boa noite Claude Geraldy.
Rosa devolveu a foto ao fundo da caixinha e colocou em cima do guarda roupas.

(06:40 – Apartamento de Rosa)

Rosa levantou e se espreguiçou como sempre. O sol já invadia o seu quarto. Ela tomou seu banho e enquanto se arrumava conversava consigo mesma no espelho.
Rosa: Nada vai tirar esse sorriso do seu rosto hoje Serafina Rosa. Nem mesmo o idiota do Claude.
Após arrumar o cabelo e  tomar um café rápido, Rosa seguiu para construtora.

(08:15 – Construtora)

Rosa: Bom dia Sílvia.
Sílvia: Bom dia dona Rosa. O Dr. Claude já esta na sala e quer falar com a senhora.
Rosa: Ai Deus, coragem!
Rosa respirou fundo e entrou na sala, logo o olhar de Claude que estava preso ao computador encontrou o de Rosa. E mais uma vez, era como seu olhar já dissesse tudo.
Rosa: Bom dia! (disse Rosa quebrando o silêncio)
Claude: Bom dia!
Rosa: Sílvia disse que queria falar comigo.
Claude: O Mateu marcou no restaurante as 11:30h, disse que tem que voltar logo para Barretos.
Rosa: Tudo bem, já está com os documentos prontos?
Claude: Estou sim.
Rosa virou-se, dando as costas para Claude, evitando o olhar dele. Ela pegou um lápis sobre a mesa e prendeu o cabelo deixando algumas mechas caírem. Para Claude, aquilo foi enlouquecedor, percorreu a nuca de Rosa com um olhar e sentiu um desejo de ter seus lábios colados ali mais uma vez.
Claude: Você quer parar com issi. (falou alto sem querer)
Rosa: Parar com o que?
Claude: Ham... non, nada non. Tava falando com meu computador, eles está travando.
Nesse momento Frazão bate na porta e entra com aquele sorriso.
Frazão: Bom dia casal 20.
Claude: Frazon vai começar?
Rosa: Nossa, como você ta engraçado hoje Frazão, to morrendo de rir olha.
Frazão: E aí, onde vão passar o feriadão?
Claude: Eu vou viajar com Nara para Fernando de Noronha.
Rosa sentiu uma pontada no peito. Todos os seus pensamentos sobre Claude talvez estar gostando dela foram por água abaixo. Claude não tocou no assunto sobre a noite naquele hotel, e agora ia viajar com Nara. Nada mudou para ele.  - pensou Rosa.
Frazão: E você Rosa? Rosa?
Rosa: Ham?
Frazão: Vai viajar pra onde?
Rosa: Não, eu não vou viajar. Vou ficar em casa mesmo.
Frazão: Em casa? Sozinha Rosa? Porque a Janete vai para o Rio Grande do Sul comigo.
Rosa: Frazão, passei esses últimos anos morando sozinha. E vai ser bom para colocar certas coisas erradas no lugar em minha cabeça.
Frazão: Tudo bem , mas se quiser vir com a gente...
Rosa: Não to afim de ser vela não, rsrs.
Frazão: Eu tenho um amigo, posso lhe apresentar.
Nesse momento Claude ficou sério e encarou Frazão com a cara de poucos amigos.
Frazão: Nossa Claude, se o seu olhar fosse uma arma eu já estaria morto.
Claude: Non entendi.
Frazão: Ah, entendeu sim. Se preocupa não francês, foi só uma brincadeira.
Rosa: O que esta acontecendo? Estou boiando.
Frazão: Nada não Rosa querida. Bem, eu vou indo, tenho que verificar uma obra. Vejo vocês depois do almoço.

(11:29 – Restaurante)

Claude já estava impaciente, já estava ali a meia hora. Insistiu e quase arrastou Rosa para virem mais cedo para o restaurante.
Claude: Cadê esse homem que non chega hã?
Rosa: Eu avisei para virmos na hora certa. Mais não, você é o sabe tudo, tinha que chegar cedo.
Claude: Non começa hã.
Então, um homem bem vestido carregando uma maleta preta se aproximou da mesa. Tinha o cabelo escuro, olhos claros, era alto e muito bonito.
Mateu: Bom dia, Claude Geraldy e.... não acredito.
Rosa: Ah não, fala sério. Mateu Vicentin? Ahhh. (disse levantando e abraçando Mateu)
Mateu: Serafina Rosa Petroni, amore mio.
Rosa: Quanto tempo. Nossa, que mundo pequeno.
Mateu: Pequeno mesmo. Você está linda!
Claude: Hum Rum. (murmurou)
Mateu: Oh, desculpe, Claude Antoine Geraldy, prazer Mateu Vicentin encarregado do Frederico. (disse estendendo a mão)
Claude: Muito prazer, bem sente-se.
Mateu: Então, você também é dona da construtora? (disse sentando-se)
Rosa: Sou sim, vice presidente.
Claude: Bem, Mateu vamos ao assunto.
Mateu: Ah, Claro, aqui estão os documentos que precisam ser assinados por vocês.
Claude: Nós também trouxemos esses para você levar até o Frederico.
Após assinar os documentos o almoço chegou, e então, Rosa empolgada, puxou assunto com Mateu.
Rosa: Você mudou muito Mateu, como esta sua vida?
Mateu: Você também mudou, mas continua com o jeitinho de 15 anos. Eu me casei com uma brasileira, tive uma filha, mas me separei a pouco. Trabalho como encarregado do Dr. Frederico.
Claude: “A mentalidade também”(pensou)
Rosa: Nossa, que pena que se separou.
Mateu: Era pra eu ter me casado com você, dizem que o casamento só dura quando nos casamos com conterrâneos.
Rosa: Eu sei disso, rsrs.
Claude ficava cada vez mais entediado enquanto aquele almoço corria. Ver Rosa empolgada, sorrindo enquanto conversava com Mateu, o deixou extremamente irritado.

(15:00 - Construtora)

Claude não dissera uma palavra no caminho de volta para a construtora. Apressou o passo na frente de Rosa e foi para a sala.
Quando Rosa entrou, Claude que estava em pé próximo a janela, virou-se e soltou:
Claude: Devia se portar melhor nas reuniões de negócios.
Rosa: Como? Não entendi.
Claude: Ah, non entendeu Rosa? Non se faça se sonsa.
Rosa: Você está falando do jeito que me comportei no almoço?
Claude: Você só faltou convidá-lo para sua cama. Ou até mesmo chamá-lo pra transar no banheiro do restaurante.
Rosa: Escuta aqui, eu não exijo que você me ature, mas exijo respeito.
Claude: Você tem que fazer por merecer o meu respeito. Mas já era de se imaginar, deve fazer isso com todos que conhece, não é? Agora entendo porque mesmo dizendo que me odeia, transou comigo naquela viagem.
Rosa: Eu não lhe devo explicações da minha vida seu idiota. Quem você pensa que é pra falar de mim desse jeito? O Mateu foi meu namorado aos 15 anos e creia Claude, mesmo sendo imaturo, com apenas essa idade, era mais homem que você. Pensei que aquela noite tivesse significado pelo menos um prazer diferente pra você, mas vejo que não. (disse com os olhos cheios de lágrimas)
Claude: Non me compare com ninguém. Você não me conhece. (gritou)
Rosa: Não te conheço mesmo. Mas, o pouco que vivi com você, foi o suficiente pra perceber que é um idiota, infantil, sem escrúpulos. Não fale de mim Claude, não fale da minha reputação antes de olhar pro seu nariz. Eu não transei sozinha e eu sou solteira Claude, não tenho noiva. Pelo menos tome vergonha na cara e não traia sua noiva. E quer saber? Vai pro inferno seu merda!
Rosa pegou sua bolsa e saiu da sala com os olhos cheios de lágrimas. Ela entrou no elevador sem dizer nada e foi embora.
Claude estava nervoso na sala e chutou a cadeira derrubando no chão.
Ao ver Rosa correndo e chorando, Frazão que estava na mesa com Gurgel, foi direto para sala da presidência.
Frazão: O que aconteceu? Pela cara da Rosa você aprontou. O que foi francês? A menina saiu daqui chorando.
Claude: Nós só discutimos Frazon, falei algumas coisas só issi.
Frazão: Não foi qualquer coisa não. O que você falou?
Claude: Eu só dissi que ela é fácil e que dorme com todos que aparece na sua frente, só issi.
Frazão: É o que? Claude você enlouqueceu?
Claude: Eu louco? Precisava ver o jeito que ela se jogou pro encarregado lá.
Frazão: Claude você é definitivamente um idiota. Como você vai falar uma coisas dessa pra Rosa? Dessa vez você foi longe demais Claude.
Claude: Também non foi nada assim ton grave pra ela sair chorando.
Frazão: Ah, não? Você chama a menina de vagabunda e acha isso mó normal?
Claude: Eu non sei o que me deu Frazon. Eu to nervoso hã, olhe eu non tenho cabeça mais pra trabalho, vou pra casa.
Claude pegou sua bolsa e saiu atordoado.

(16:06 – Apartamento de Rosa)

Rosa chegou em seu apartamento e foi direto pro quarto. Se jogando na cama, começou a chorar com a cara enfiada nos travesseiros.
Rosa: Seu idiota, idiota, IDIOTA.
Claude entrou em seu carro e baixou a cabeça no volante.
Claude: Mon Dieu, porque eu falei aquilo? Idiota, ela esta certa, eu sou um idiota. Ah, non, que issi Claude??? Eu non vou me preocupar com essa mulherzinha, to nem aí.
Ele deu a partida no carro e seguiu para casa.
Rosa levantou para tomar um copo d’água e viu o bilhete que Janete havia deixado grudado na galeira:

“Amiga, arrumei minhas malas e fui para a casa do Frazão. Nosso voo sai de madrugada e achei melhor ir pra casa dele direto. Sentirei saudades, bom feriado, beijos, Janete”

Rosa respirou fundo e pegou a sua água. Aquelas palavras de Claude não saiam da sua cabeça. Como ele pode ter dito aquilo?
Ela enxugou as lágrimas que tornaram a escorrer pelos seus olhos e foi pro banho.

(23:40 – Mansão de Claude)

Claude não conseguia pregar o olho. Deitado em sua cama, refletia sobre aquele fim de tarde. Ele sabia muito bem o que aconteceu com ele. Ciúmes, sim C-i-ú-m-e-s. Ao ver aquele homem abraçando, tocando nela, fazendo ela sorrir como ele nunca fez, mexeu com Claude.
Pegando um travesseiro e cobrindo o rosto tentou pegar no sono.

Rosa de tanto chorar acabou dormindo no sofá mesmo.

CONTINUA...

Um comentário:

  1. Joyce, que raiva desse Claude, só faz bobagem! E Rosa é chorona! Que casal complicado esse, sempre entre tapas e beijos rsrsrs. Legal!

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