segunda-feira, 24 de setembro de 2012

FIC - UMA CHANCE DE AMAR - CAPÍTULO 13 - AUTORA: JOYCE FEITOZA


No capítulo anterior...
Rosa respirou fundo e pegou a sua água. Aquelas palavras de Claude não saiam da sua cabeça. Como ele pode ter dito aquilo?
Ela enxugou as lágrimas que tornaram a escorrer pelos seus olhos e foi pro banho.
(23:40 – Mansão de Claude)
Claude não conseguia pregar o olho. Deitado em sua cama, refletia sobre aquele fim de tarde. Ele sabia muito bem o que aconteceu com ele. Ciúmes, sim C-i-ú-m-e-s. Ao ver aquele homem abraçando, tocando nela, fazendo ela sorrir como ele nunca fez, mexeu com Claude.
Pegando um travesseiro e cobrindo o rosto tentou pegar no sono.

Rosa de tanto chorar acabou dormindo no sofá mesmo.

CAP - 13

(08:19 - Apartamento de Rosa)

Rosa acordou no sofá com uma bela dor no pescoço. Então, lembrou que aquele não era um dia comum para ela.

Rosa: Enfim, esse dia chegou mais uma vez. Seja bem vindo, droga!

(08:30 – Mansão Geraldy)

Claude acordou atrasado com Dádi o chamando. Tomando um banho rápido, se arrumou e desceu.

Dádi: Dona Nara já ligou umas mil vezes.
Claude: Ela vai saber esperar. Café preto, Dádi.
Claude começou a comer mais seu pensamento estava longe.
Dádi: Dr. Clodis tá com o pensamento distante.
Claude: Dádi, eu acho que fiz uma besteira. Falei o que non devia e acabei magoando uma pessoa.
Dádi: Pela sua cara sei que foi a sua ex-mulher, a Rosa.
Claude: Issi.
Dádi: Então eu pergunto, tem conserto esse seu erro?
Claude: Posso tentar.
Dádi: Então tente.
Claude: Dádi, diga ao Rodrigo pra ir buscar meu carro no aeroporto ao meio dia. E você pode ir viajar, acho que já está atrasada.
Dádi: Que nada, meu ônibus sai às 10h. Boa viagem, Dr. Clodis e, oh, da próxima vez pense duas vezes tá.
Claude: Merci, Dádi.
Claude pegou a carteira, sua jaqueta de couro e saiu das pressas.

(09:10  – Apartamento de Rosa)

A campainha da casa tocou e Rosa foi atender com as pernas bambas e tonta.

Claude: Oi.
Claude estava com um buque pequeno de flores parado na porta de Rosa.

Rosa: Horas, vejam só! Claude Geraldy era o que estava faltando no meu dia. Um brinde a minha vida chata. (disse virando a garrafa de bebida na boca)
Claude: Você está bêbada?
Rosa: O que? A vagabunda, é porque agora eu sou vagabunda, né? A vagabunda aqui não pode beber mais?
Claude: Posso entrar?
Rosa: Por mim, você ia pro inferno.
Claude: Me dá essa garrafa. (disse tentando tirar das mãos de Rosa)
Rosa: Não, me deixa beber. Eu quero beber.
Claude: Rosa você já bebeu demais.
Rosa: E daí? Vai dizer que se preocupa comigo.
Claude: Me preocupo! Agora me dá essa garrafa.
Rosa tentou impedir, mas Claude foi mais forte e tirou a garrafa de suas mãos.
Rosa: Me deixa beber, vai embora! Sua noiva já deve tá te esperando.
Claude olhou pro teto, baixou a cabeça respirando fundo e decidiu.
Claude: Eu non vou mais viajar, precisamos conversar.
Rosa desviou o olhar do dele e baixou a cabeça. O telefone de Claude tocou e ele sabia quem era, mas desligou o celular.
Rosa: Não vai atender?
Claude: Non! Rosa, eu vim aqui pra te dizer que eu to arrependido do que falei ontem. Não sei o que me deu.
Rosa: Arrependido? Rsrs, você é um idiota.
Claude: Rosa, por favor.
Rosa: Você nunca gostou de mim, né? É porque eu sou feia é isso?
Claude: Eu nunca dissi issi e você... você non é feia, pelo contrario... é linda e sabe disso.
Rosa: Você não sentiu nada naquela noite?
Claude: Rosa, é melhor non tocarmos nesse assunto. Você precisa de um banho frio.
Rosa: Eu não quero tomar banho.
Claude: Mas vai, nem que pra issi eu tenha que te levar a força. (disse puxando-a pelos braços)
Rosa: Me solta, me larga, Claude! (disse se debatendo)
Claude a agarrou, tirando-a do chão e levou até o box do banheiro. Ligando o chuveiro empurrou Rosa embaixo.
Rosa: A água tá gelada, desliga isso!
Claude: É pro seu bem, Rosa.
A água escorria, molhando Rosa e sua camisola de seda branca.
Rosa: Você nunca sentiu prazer comigo, né? Sabe, depois de você eu nunca mais tive outro homem em minha vida. (disse aproximando seu rosto do de Claude)
Claude engoliu seco e sua respiração aumentou. Seus lábios colaram no de Rosa e o sangue das suas veias esquentou.
Claude: Você sabe que me deixa louco. (sussurrou entre os lábios)
Rosa o encarou e o puxou, unindo seus lábios e fazendo com que Claude se molhasse.
 A língua de Claude invadiu a boca dela num beijo quente e cheio de desejo, sua barba arranhava o rosto de Rosa numa deliciosa sensação. Claude a apertou contra seu corpo encostando-a na parede do box. Suas mãos logo procuraram as curvas de Rosa deslizando com malícia.
Em um movimento rápido afastou-se dela saindo do box.
Claude: Eu non posso... Você está bêbada, eu tenho que cuidar de você. É... é... termina o banho, vou fazer um café. (disse saindo nervoso)
Depois de um tempo, Claude havia descido e pegado uma muda de roupa para vestir. Estava sentado no sofá um pouco confuso, quando ouviu a voz doce e terna de Rosa.
Rosa: Claude!
Ela estava vestida num roupão branco e sua aparência estava melhor. Rosa se aproximou dele e sentou ao seu lado no sofá.
Rosa: Eu ainda tô um pouco zonza, mas me desculpe por isso.
Claude: Acontece nas melhores famílias. (disse entregando uma xícara de café)
Rosa: Família? Que família?
Claude: Ué seu pai, sua mãe.
Rosa: Minha mãe faleceu a dois anos num acidente de carro em Paris. E meu pai, bem, hoje completa 4 anos de sua morte.
Claude: Mon Dieu, eu non sabia.
Rosa: Tem muita coisa sobre mim que você não sabe Claude. Eca! Esse café ta horrível!
Claude: Me diz enton... me mostra o que eu non sei. (disse segurando em sua mão)
Rosa olhou para aquela mão grande e forte sobre a sua e olhou nos olhos dele.
Rosa: Claude, quando eu parti pra estudar em Paris, meu pai não aceitou. Não queria uma filha morando sozinha em um país distante. Então, nós brigamos e ele disse que se eu saísse por aquela porta, eu não era mais sua filha. Eu segui o que achava certo, uma bolsa no exterior não é coisa que se ganha todo dia. Então, eu fui, conheci Janete, conheci você, rs, nos casamos e só minha mãe soube disso. Então, depois disso eu nunca mais falei com meu pai. Quando eu ligava, ele mandava dizer que tinha morrido. Então, quando nos separamos, 1 ano depois meu pai teve um infarto e faleceu. E eu não me perdoo por não ter me despedido dele. (disse já com as lágrimas rolando pelo rosto)
Claude: Você nunca me falou sobre sua vida, sobre sua família.
Rosa: Você nunca perguntou.
Claude baixou a cabeça, aquelas últimas palavras foram verdadeiras.
Claude: Você já foi ao cemitério depois que voltou pra cá?
Rosa: Eu não tenho coragem. Sei lá...
Claude: Por isso que bebeu?
Rosa: Minha vida não tá das melhores, Claude.
Claude: E eu só piorei ontem. Pardon, non sei onde eu tava com a cabeça. Mas, Rosa, eu vou com você se quiser.
Rosa: Vai onde?
Claude: No cemitério.
Rosa: Não sei... é melhor não.  Não precisa Claude, vai curtir seu feriado.
Claude: Eu já disse que non vou viajar, vou passar o feriado com você.
Rosa: É sério isso? (perguntou olhando nos olhos dele)
Claude: Sim!
Rosa: Sem brigas? (perguntou com um sorriso tímido)
Claude: Sem brigas! Rsrs.

CONTINUA...
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Um comentário:

  1. Joice, quando esse casal vai se acertar? Quero ver como será esse feriado dos dois juntos, pode até ser romântico e quente rsrsrs, mas aposto que vai ter brigas sim! Esses dois são demais! Bjs.

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