segunda-feira, 12 de novembro de 2012

FIC - UMA CHANCE DE AMAR - CAPÍTULO 18 - PARTE 2 - AUTORA: JOYCE FEITOZA

No capítulo anterior...
Claude: Eu to louco pra te beijar.
O sorriso de Rosa foi desmanchando e um brilho apareceu em seu olhar. Ela engoliu seco e fitou os olhos negros dele.
Claude: Mais eu non posso, non seria certo agir dessa forma com você.
Rosa não disse nada e quando percebeu já conseguia tocar o chão, então ela se soltou de Claude e foi para o raso.
(14:34 - Praia do Guarujá)
Após almoçarem peixe frito com camarões, os dois tomavam uma água de coco sentados.
Rosa: Vou ao banheiro, já volto.
Claude: Tá certo, cuidado, hã.
Rosa foi ao banheiro e quando voltava um homem acabou esbarrando nela.

CAP – 18 : PARTE 2
Homem: Oh, me desculpe.
Rosa: Sem problemas.
Ele era alto, pele morena, tinha os olhos castanhos verdes e o cabelo encaracolado.
Homem: Escuta, eu estou de férias aqui. Você sabe me dizer que estrada eu pego para ir pra Santos?
Rosa: Acho que não, na verdade nunca fui muito boa em estradas.
Homem: Que pena! Você mora por aqui?
Rosa: Não, moro na capital.
Claude que olhava no mar notou a demora de Rosa e desviou o olhar para a direção do banheiro. Então, notou que ela conversava com o tal homem. Uma espécie de ciúmes tomou seu corpo, quando ele percebeu já estava caminhando em direção a Rosa.
Homem: Bem que dizem que as mulheres de São Paulo são lindas.
Rosa: Obrigada, mas na verdade sou italiana. Nasci na Itália e vim morar aqui quando criança.
Homem: Sabe, eu te conheci agora, mas você aceita...
Claude: Cherry, demorou vim te procurar. Algum problema? (disse dando um beijo no rosto dela e a enlaçando pela cintura encarando o tal homem)
Rosa: Claude! Não nenhum problema.
Homem: Nos vemos por aí. Até mais. (disse saindo)
Claude: Você ficou maluca?
Rosa: O que foi que eu fiz?
Claude: Como você sai dando trela assim pra um desconhecido. Aposto que ele ia te convidar para um drinque, você inocente aceitaria e depois acordaria em um quarto desconhecido depois que ele colocasse remédio em sua bebida.
Rosa: Nossa Claude, como sua imaginação é fértil.
Claude: Vamos caminhar um pouco, hã.
Rosa: Tudo bem, mas depois vamos embora. A estrada vai estar lotada com aquele engarrafamento.
Claude: Tudo bem, vamos.
Para a surpresa de Rosa, Claude tirou a mão da sua cintura e direcionou diretamente pra sua mão segurando-a, entrelaçando seus dedos. Ela sorriu discretamente e não disse nada.
(20:01 – Apartamento de Rosa)
Rosa dormiu a viagem praticamente toda e ainda dormia quando Claude estacionou na garagem, no subsolo do condomínio.
Claude olhou para ela que dormia ainda e acariciando o rosto dela a acordou.
Rosa: Hum... Já chegamos?
Claude: Oui, você dormiu a viagem inteira.
Rosa: Nossa desculpe.
Os dois desceram do carro e Claude subiu com Rosa até seu apartamento.
Claude: Enton é issi...
Rosa: Foi tudo maravilhoso. Obrigada mesmo.
Claude: Inesquecível.
Claude a fitava com um olhar apaixonado, seus olhos brilhavam quando encontravam o brilho dos dela.
Rosa: Eu nunca pensei que passaria esse feriado com você. Acho que você seria a ultima pessoa no mundo que eu pensaria em passar noites e dias ao lado.
Claude: Eu gostei de te conhecer melhor, rsrs.
Rosa: É, eu também. Bom, você deve tá cansado eu...
Claude: Sabe, eu te disse que te beijar non seria agir certo...
Claude foi se aproximando de Rosa lentamente, fazendo as pernas dela fraquejarem e seu coração acelerar.  Ele levou sua mão até o rosto dela e aproximou seu rosto.
Claude: Mas as vezes temos que agir errado para que certas coisas deem certo. (sussurrou)
Claude uniu seus lábios ao de Rosa e a apertou contra seu corpo.
Claude se afastou dela antes que fosse mais além daquele beijo. Ainda segurando as mãos dela sorriu.
Claude: Enton até amanha... Serafina, rsrs.
Soltando dedo por dedo lentamente fitando os olhos dela, e com um sorriso irresistível, Claude foi embora.
Rosa soltou o ar preso em seu peito com um sorriso de surpresa e tocou seus lábios como se pudesse sentir os de Claude ainda.
Rosa passou a mão no cabelo respirando fundo e caminhou para o quarto indo direto pro banheiro. Enquanto a água caía em seu corpo, ela lembrava de todos os momentos que viveu com Claude nas ultimas horas. E uma certa saudade dele tomou conta do seu coração. Era incrível, tinha passado apenas 3 dias com ele, mas sair daquele quarto e não vê-lo a incomodava.
Depois de um banho logo, ela enrolou o cabelo e colocou o roupão. Quando saiu do banheiro, ela olhou para cama e viu algo que não tinha percebido antes.
Havia um leão de pelúcia entre os travesseiros com um cartão do lado. Rosa deu um sorriso e correu para cama, pegando o presente e abrindo o cartão.
Seu pai tinha razão, você é mesmo astuta, forte, corajosa e linda. Espero que não se esqueça desses dias que passou comigo Serafina. Eu adorei cada momento.
                                            Claude.
Rosa sorriu e deitou na cama abraçando o leãozinho e mordendo os lábios.
(21:25 – Mansão de Claude)
Claude chegou e respirou fundo, colocando as chaves sobre a mesa. A casa estava brilhando, então ele ouviu uma voz que conhecia bem e sentiu falta.
Dádi: Muito bonito né, Dr. Clodis?
Claude: Dádi, que saudade.
Dádi: Que bagunça era aquela? Quase tive um treco quando entrei na casa e vi os lençóis espalhados pelo chão. A cozinha tudo fora do lugar. Olhe, aquele quarto vixe Maria, suas roupas tudo espalhada pelo chão.
Claude: Ah! Dádi eu tive um final de semana incrível, maravilhoso.
Dádi: Quem tava aqui com o senhor?
Claude: Se eu te disser, você non vai acreditar. (disse sentando no sofá)
Dádi: Olhe, levanta daí, você tá todo sujo de areia. Mas quem era a mulher?
Claude: Como você sabe que era mulher?
Dádi: Primeiro que o senhor não assistiria filme com um homem no chão da sala. E também, porque eu mandei um vestido branco hoje pra lavanderia.
Claude: Era ela Dádi.
Dádi: Ela? Não me diga que é a sua...
Claude: Issi mesmo, a Rosa.
Dádi: Valei-me, o senhor tá doente?
Claude: Non, confesso que nunca me senti ton bem.
Dádi: Então vocês se acertaram?
Claude: Non.
Dádi: O senhor tá com uma cara de felicidade. Tá apaixonado por ela?
Claude: Non sei, na verdade eu to sentindo algo que non sei explicar. Bem, eu vou pro banho, to cansado.
Dádi: Vai querer jantar?
Claude: Coisa leve, comi demais hoje. Te amo, hã.
Claude deu um beijo no rosto de Dádi e subiu cantarolando.
Dádi: Ih! Dr. Clodis tá é arriado de quatro pés pela ex-mulher, rsrs.
Claude tomou um banho demorado e deitou na cama, tentou se concentrar em um livro, mas ela insistia em estar em sua cabeça, arrancando sorriso dele.
(22:01 – Apartamento de Rosa)
Rosa estava morrendo de fome e ia preparar sanduíches, quando ouviu o barulho da porta se abrir. Ela correu pra sala e viu Janete, então abraçou a amiga.
Rosa: Amiga, amiga, amiga, amiga. (gritava feliz)
Janete: Oi, oi,oi,oi.
Rosa: Que saudade!
Janete: Eu também senti muita. Ai, foi maravilhoso meu feriado.
Rosa: Não foi só o seu. (disse com um sorriso malicioso indo pra cozinha)
Janete: Espera! Vem cá. O que você quer dizer com não foi só o meu?
Rosa: Ai Janete, meu feriado, o fim de semana foi maravilhoso.
Janete: E pelo visto te deixou na maior fome, né?
Rosa: Sim, rsrs.
Janete: Me conta vai, antes que eu fique bege de curiosidade.
Rosa: Eu passei os três melhores e mais loucos dias da minha vida, com ninguém mais, ninguém menos, que Claude.
Janete: Jura?? Tá de brincadeira com a minha cara?
Rosa: Não, rsrs. Ai, Jane foi tudo tão perfeito.
Janete: Ah, me conta detalhes.
(22:34 – Mansão de Claude)
Claude estava na sala checando seus e-mails e preparando um projeto. O telefone tocou e Dádi foi atender.
Dádi: Ah! Oi dona Nara. O Dr. Clodis?
Claude: Diz que eu non to e non sabe pra onde fui. (murmurou)
Dádi: Ué ele não ta com a senhora? Ah, então não sei onde ele tá. Mas oh, assim que ele chegar, eu peço pra ele ligar pra senhora, tá. Boa noite.
Claude: Mon Dieu que saco!
Dádi: Tá fugindo dela?                                 
Claude: Quero distância dela.
Dádi: Então o senhor vai terminar o noivado?
Claude: É, acho que sim.
(22:50 – Apartamento de Rosa)
Janete: Nossa, seu final de semana parece invenção, sabe. Imaginar você e o Claude em clima de paz e com uma pitada de romance. Não, rsrs, não mesmo.
Rosa: Pois acredite. Ah! Deixa eu te mostrar. (disse correndo pro quarto)
Rosa voltou do quarto com o leão de pelúcia e o cartão de Claude.
Rosa: Não é fofo?
Janete: Ainda vou entrar nessa casa e vê a parede cheia de leões pintados, isso se você não trouxer um pra casa. Mas é lindo sim, muito fofo. Deixa eu ler o cartão.
Rosa: Ai Jane, é tudo ainda tão estranho.
Janete: Hum, que bonitinho. Pelo visto os pombinhos resolveram assumir o l’amour.
Rosa: Não sei, ai sei lá. Eu tô um pouco insegura.
Janete: Ai, amiga relaxa, dá tempo ao tempo.
(07:30  – Construtora)
Claude chegou cedo à construtora, pois tinha bastante trabalho.
Claude: Bom dia!
Sílvia: Bom dia Dr. Claude. Como foi seu feriado?
Claude: Bom, muito bom. E Rosa?
Sílvia: Não chegou ainda.
Claude: Certo! Com licença.
Após tomar um belo café, pegar o trânsito de todos os dias, Rosa chegou à construtora.
Rosa: Bom dia Sílvia.
Sílvia: Bom dia dona Rosa. A senhora está muito bonita hoje.
Rosa: Obrigada, você também está um arraso. Como passou o seu feriado?
Sílvia: O meu foi ótimo, fui com meu marido para o interior. E o da senhora?
Rosa: Maravilhoso.
Sílvia: Dr. Claude já chegou e perguntou pela senhora.
Rosa: Perguntou é?
Sílvia: Sim.
Rosa: Deixa eu ir trabalhar por que hoje o dia vai ser cheio.
Rosa caminhou até a sala com um sorriso, respirou fundo e entrou. Claude estava parado em frente à mesa de costas para a porta, mas se virou assim que ouviu o barulho da mesma abrir.
Rosa: Bom dia!
Claude: Bom dia, Serafina.
Rosa deu um sorriso e Claude se aproximou dando um beijo em seu rosto o que a surpreendeu.
Claude: Como passou a noite?
Rosa: Muito bem. E você?
Claude: Trabalhando.
Rosa: Devia ter descansado.
Claude se encostou na mesa e Rosa se aproximou dele.
Claude: Non se preocupe, nada que um bom café não melhore. Dádi me deu a maior bronca.
Rosa: Sério? Ha, ha.
Claude: Por causa da bagunça que deixamos, rsrs.
Rosa: Eu falei pra arrumarmos, você não deixou.
Claude: Mais foi um bagunça boa, non foi?
Rosa: Muito boa.
Os dois caíram na gargalhada, pareciam dois velhos amigos. Frazão, que chegara a pouco na construtora, entrou na sala e se espantou.
Frazão: Acho que entrei na sala ou empresa errada.
Claude: Bom dia, Frazon!
Rosa: Bom dia!
Frazão: Gente, vocês estão doentes? Espera aí, o que foi que eu perdi aqui?
Rosa: Frazão, esta tudo normal.
Frazão: Normal? O normal que conheço é vocês em pé de guerra.
Claude: Decidimos selar a paz, hã.
Frazão: Eu hein, vocês dois ainda vão me enlouquecer, enlouquecer. (disse saindo gritando)
Os dois se olharam e caíram de novo na gargalhada.
Assim o dia se seguiu. Claude e Rosa trabalhavam com harmonia, o que surpreendeu a todos. Eles ficaram na construtora além do horário, resolvendo detalhes de um projeto.
Rosa: Acho melhor a gente deixar isso pra depois.
Claude: É, eu tô muito cansado, com sono.
Rosa: Eu... Eu gostei do presente viu, é lindo.
Claude: Comprei no parque aquele dia e escondi.
Rosa: Vou colocar o nome dele de Francesinho.
Claude: Eu pensei em você a noite inteira. (disse se aproximando dela)
Rosa: Verdade?
Claude: Sim, por issi que eu non dormi direito.
Rosa: Eu também pensei em você.
Claude olhou para os lábios de Rosa, olhou para os olhos dela e foi aproximando seus lábios. Mas o barulho da porta e a voz bem conhecida o fez se afastar.
Nara: Ah! Então, aí está você.
Claude: Nara!
Nara: Onde você se meteu? Me deixou plantada naquele aeroporto, te ligo você não atende.
Claude: Nara, por favor.
Claude estava desconcertado pela presença de Rosa ali.
Rosa: Bem, eu vou indo. Boa noite pra vocês.
Claude: Rosa espera! Non...
Nara: Claude, eu te fiz uma pergunta.
Rosa não deu ouvidos a Claude, se sentiu intrusa ali e saiu abatida.
CONTINUA... 

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