sexta-feira, 31 de janeiro de 2014

SESSÃO CAPAS E PÔSTERES

A capa abaixo pertence à revista Contigo nr. 174 de 16/05/75.
Já o pôster à revista Amiga TV Tudo – Especial Álbum de Ouro de agosto de 1975.
Boa diversão!



SESSÃO FOTO QUIZ

A foto da semana passada pertence à atriz Theresa Amayo.
Agora, olhem bem para esta foto e tentem descobrir quem é a famoso ator ainda vivo que se encontra nela.
Eis algumas pistas:
1) Nasceu no interior do Espírito Santo no ano de 1932.
2) Sua primeira telenovela foi As Minas de Prata, na TV Excelsior, no ano de 1966.
3) Participou de novelas como O Terceiro Pecado, na TV Excelsior; Na Idade do Lobo, na Rede Tupi e Final Feliz, na Rede Globo.
Boa diversão!



quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

SESSÃO LEITURA - AS MÃOS - EUGÉNIO DE ANDRADE

A poesia que reproduzimos abaixo é da autoria de Eugénio de Andrade, famoso poeta português.
Para maiores informações sobre o autor, favor consultar: www.citi.pt/cultura/literatura/poesia/e_andrade/eug_and.html‎.
Boa leitura!

AS MÃOS

Que tristeza tao inútil essas mãos
que nem sequer são flores
que se dêem:
abertas são apenas abandono,
fechadas são pálpebras imensas
carregadas de sono.

Pela noite adiante, com a morte na algibeira,
cada homem procura um rio para dormir,
e com os pés na lua ou num grão de areia
enrola-se no sono que lhe quer fugir.

Cada sonho morre às mãos doutro sonho.
Dez-reis de amor foram gastos a esperar.
O céu que nos promete um anjo bêbado
é um colchão sujo num quinto andar.

Fonte: http://canaldepoesia.blogspot.com.br/2013/05/eugenio-de-andrade-as-maos.html.

SESSÃO ABERTURA DE NOVELA - O JULGAMENTO

A novela O Julgamento foi apresentada pela Rede Tupi no horário das 20h de 4 de outubro de 1976 a 30 de abril de 1977.
O tema musical de abertura era Galope, interpretado pelo grupo MPB4.
Para maiores informações sobre a novela, favor consultar: www.teledramaturgia.com.br/tele/julgamento.asp.
Boa diversão!



LETRA DO TEMA MUSICAL DE ABERTURA

GALOPE

O galope só e bom quando é a beira mar
O galope só é bom quando se pode amar
Esse mote só é bom bem livre de cantar
Falar em morte só e bom quando é pra banda de lá

É sacode a poeira
Imbalança, imbalança, imbalança, imbalança

Casa de ferreiro, espeto de pau
Quem não bole em espinha nunca vai se dar mal
Quem não dança minha dança é melhor nem chegar
Se puxou do punhal tem que sangrar
Tem que sangrar Tem que sangrar

É sacode a poeira
Imbalança, imbalança, imbalança, imbalança BIS

Me dê um cadinho de cachaça...
Me aqueça, me aperte, me abraça...
Depressa, correndo, vem ligeiro
Me dê teu perfume, dê um cheiro
Encoste em meu peito o coração
Vamos mostrar pr´esses cabras como se dança um baião
E quem quiser aprender é melhor prestar atenção

É sacode a poeira
Imbalança, imbalança, imbalança, imbalança BIS

Deixa essa criança chorar / Deixa essas criança chorar
Não adianta cara feia, nem adianta se zangar
Que ela só vai para quando essa fome passar
... E doutor,uma esmola a um pobre que é são
ou lhe mata a vergonha, ou vicia o cidadão

É sacode a poeira
Imbalança, imbalança, imbalança, imbalança


Fonte: http://letras.mus.br/mpb4/1299550/

quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

SESSÃO SAUDADE - LÉLIA ABRAMO

Nossa homenagem de hoje vai para Lélia Abramo, que nos é tão cara por ter sido a intérprete da personagem Amália na primeira versão da querida novela Uma Rosa com Amor, apresentada pela Rede Globo entre os anos de 1972 e 1973.
Pensamos em muitas palavras para homenageá-la, mas tudo o que queríamos dizer está dito no vídeo que apresentamos abaixo.
Obrigado, Lélia, por nos presentear com seu grandioso talento!
Descanse em paz!


SESSÃO HUMOR

Joãozinho traz para o pai o recibo da mensalidade escolar.
— Meu Deus! Como é caro estudar nesse colégio!
E o menino responde:
— E olhe, pai,  que eu sou o que menos estuda da minha classe!

Fonte: http://www.clickgratis.com.br/piadas/joaozinho-e-mariazinha/colegio-do-joaozinho.html#ixzz2qyhDeo6W.

terça-feira, 28 de janeiro de 2014

SESSÃO REMAKE MUSICAL - LIVING INSIDE MYSELF - LISA DIJKMAN

A canção Living Inside Myself, originalmente interpretada por Gino Vanelli, é apresentada no vídeo abaixo por Lisa Dijkman.
Para ouvir a versão de Gino Vanelli, favor acessar: http://biscoitocafeenovela.blogspot.com.br/2014/01/sessao-tunel-do-tempo-musical-living.html.
Boa diversão!


Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=SM6MiLHP1wo

LETRA

LIVING INSIDE MYSELF

In my life
I've felt so self assured
But suddenly it's all changed
She's a cloud
That hangs above my world
And I find myself wond'ring in the rain
And now I can't go on

'cause I am lost
Living inside myself
Living inside this shell
Living outside your love
I am lost
Somewhere inside my own dreams
Afraid of what life really means
Living without your love

I need a guiding light
To shine on my darkest days
I was young, and time was on my side
But like a fool I let it slip away
And now those days are gone

And I am lost
Living inside myself
Living inside this shell
Living outside your love
I am lost
Somewhere inside my own dreams
Afraid of what life really means
Living without your love

In my life
I've felt so self-assured
But oh how all the seasons change
And now I'm not that strong

'cause I am lost
Living inside myself
Living inside this hell
Living outside your love
I am lost
Somewhere inside my own dreams
Afraid of what life really means
Living without your love

I am lost
Living inside myself
Living inside this shell
Living outside your love
I am lost

TRADUÇÃO

VIVENDO SOZINHO DENTRO DE MIM

Na minha vida
Eu me sentia tão seguro de mim
Mas, de repente está tudo mudado
Ela é uma nuvem
Que paira acima do meu mundo
E encontro-me na chuva
E agora eu não posso ir

Porque eu estou perdido
Vivendo sozinho dentro de mim
Vivendo dentro desta concha
Vivendo sem seu amor
Estou perdido
Em algum lugar dentro dos meus próprios sonhos
Com medo do que realmente significa viver
Viver sem o seu amor

Preciso uma luz
Para brilhar em meus dias mais negros
Eu era jovem, e o tempo estava do meu lado
Mas como um tolo eu deixei escapulir
E agora esses tempos acabaram

E eu estou perdido
Vivendo sozinho dentro de mim
Vivendo dentro desta concha
Vivendo sem seu amor
Estou perdido
Em algum lugar dentro dos meus próprios sonhos
Com medo do que realmente significa viver
Viver sem o seu amor

Na minha vida
Eu me sentia tão seguro de mim
Mas, oh com todas essas mudanças
E agora que eu não sou forte

Porque eu estou perdido
Vivendo sozinho dentro de mim
Vivendo dentro deste inferno
Vivendo sem o seu amor
Estou perdido
Em algum lugar dentro dos meus próprios sonhos
Com medo do que realmente significa viver
Viver sem o seu amor

Estou perdido
Vivendo sozinho dentro de mim
Vivendo dentro desta concha
Vivendo sem o seu amor
Estou perdido


Fonte da letra e da tradução: http://letras.mus.br/gino-vanelli/385303/traducao.html

SESSÃO TÚNEL DO TEMPO MUSICAL - LIVING INSIDE MYSELF - GINO VANELLI

A canção Living Inside Myself, interpretada por Gino Vanelli, fez parte da trilha sonora da novela Baila Comigo, apresentada pela Rede Globo no horário das 20h de 16 de março a 26 de setembro de 1981.
Para maiores informações sobre a novela, favor consultar: www.teledramaturgia.com.br/tele/baila.asp‎.
Boa diversão!



LETRA

LIVING INSIDE MYSELF

In my life
I've felt so self assured
But suddenly it's all changed
She's a cloud
That hangs above my world
And I find myself wond'ring in the rain
And now I can't go on

'cause I am lost
Living inside myself
Living inside this shell
Living outside your love
I am lost
Somewhere inside my own dreams
Afraid of what life really means
Living without your love

I need a guiding light
To shine on my darkest days
I was young, and time was on my side
But like a fool I let it slip away
And now those days are gone

And I am lost
Living inside myself
Living inside this shell
Living outside your love
I am lost
Somewhere inside my own dreams
Afraid of what life really means
Living without your love

In my life
I've felt so self-assured
But oh how all the seasons change
And now I'm not that strong

'cause I am lost
Living inside myself
Living inside this hell
Living outside your love
I am lost
Somewhere inside my own dreams
Afraid of what life really means
Living without your love

I am lost
Living inside myself
Living inside this shell
Living outside your love
I am lost

TRADUÇÃO

VIVENDO SOZINHO DENTRO DE MIM

Na minha vida
Eu me sentia tão seguro de mim
Mas, de repente está tudo mudado
Ela é uma nuvem
Que paira acima do meu mundo
E encontro-me na chuva
E agora eu não posso ir

Porque eu estou perdido
Vivendo sozinho dentro de mim
Vivendo dentro desta concha
Vivendo sem seu amor
Estou perdido
Em algum lugar dentro dos meus próprios sonhos
Com medo do que realmente significa viver
Viver sem o seu amor

Preciso uma luz
Para brilhar em meus dias mais negros
Eu era jovem, e o tempo estava do meu lado
Mas como um tolo eu deixei escapulir
E agora esses tempos acabaram

E eu estou perdido
Vivendo sozinho dentro de mim
Vivendo dentro desta concha
Vivendo sem seu amor
Estou perdido
Em algum lugar dentro dos meus próprios sonhos
Com medo do que realmente significa viver
Viver sem o seu amor

Na minha vida
Eu me sentia tão seguro de mim
Mas, oh com todas essas mudanças
E agora que eu não sou forte

Porque eu estou perdido
Vivendo sozinho dentro de mim
Vivendo dentro deste inferno
Vivendo sem o seu amor
Estou perdido
Em algum lugar dentro dos meus próprios sonhos
Com medo do que realmente significa viver
Viver sem o seu amor

Estou perdido
Vivendo sozinho dentro de mim
Vivendo dentro desta concha
Vivendo sem o seu amor
Estou perdido

Fonte da letra e da tradução: http://letras.mus.br/gino-vanelli/385303/traducao.html

segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

WEBNOVELA - LAÇOS - CAPÍTULO 27 - SEGUNDA PARTE - AUTORA: JULIANA SOUSA

Capítulo 27 -

Emanuela olhava alguns livros na biblioteca, enquanto Mariana estudava. Ela sabia que mais cedo ou mais tarde, quando Dr. Otávio ficasse melhor, ele voltaria a falar na prova que ela faria para entrar na faculdade. De repente, Mariana olhou para a irmã que tinha acabado de pegar um livro na estante e o folheava.
— Manu, você também está ansiosa com a faculdade?
Manu sentou-se em uma das cadeiras que estavam próximas a mesa em que Mariana estudava.
— Não muito... Por enquanto quero apenas ajudar no escritório junto com o Dr. Otávio. Quero aprender um pouco também.
Mariana olhou atentamente para a irmã.
— Mas se fosse fazer algum curso da faculdade, que curso escolheria?
— Não sei...
— Não sabe? Então... Como se imagina daqui a 5 ou 10 anos? Não tem nada que realmente queira fazer? Um desejo ou sonho?
Emanuela levantou-se de repente, fazendo com que Mariana tivesse um pequeno sobressalto de surpresa.
— Vou passear um pouco. – disse – Enquanto, eu estiver aqui, você não se concentra nos estudos e se mete a falar.
Mariana fez uma expressão como quem não gostou do comentário. Emanuela saiu da biblioteca. Do lado de fora, na pequena sala que havia, olhou para a janela com um olhar pensativo. Ultimamente, Mariana fazia perguntas que a deixava sem resposta. O que queria fazer? O que escolheria? Essas perguntas sempre lhe davam uma sensação estranha. Talvez por que, mais do que não saber o que faria com seu próprio futuro, ela mesma não sabia quem era exatamente. Passara tanto tempo da sua vida se preocupando em ser um apoio para a irmã e esquecendo seus próprios desejos, que mesmo agora não sabia exatamente como era ou o que realmente queria.
***
Estava quase na hora do almoço, quando Gabriele foi à cozinha. Anne acabara de terminar o almoço, quando percebeu que Gabriele entrara.
— Dona Gabriele. O almoço já está pronto. A senhora quer que eu peça a uma das empregadas para chamar as meninas?
— Não, Anne. Não se preocupe. Eu mesma farei isso.
Gabriele se dirigiu à sala e subiu as escadas, foi para o quarto de Viviane. Bateu à porta e abriu. Viviane estava deitada na cama e com o braço que não estava enfaixado tentava ler um livro.
— Sônia, ainda bem que chegou. Você me ajudaria... – disse, logo percebendo que quem entrara no quarto não era a governanta. - Ah... É você? O que quer? – perguntou friamente.
Gabriele se surpreendeu com o modo como Viviane falara com ela, mas preferiu não falar nada.
— Você vem para o almoço ou prefere comer algo no quarto?
Viviane voltou a atenção para o livro.
— Não estou com fome.
Gabriele pareceu suspirar novamente.
— Mas você precisa comer... Precisa se alimentar bem. Seu corpo ainda está se recuperando do acidente. – disse, olhando para o braço enfaixado de Viviane.
Viviane olhou para a mãe.
— Está realmente preocupada comigo? – e rindo. - É interessante... Por que durante muito tempo a senhora nem saberia se eu tinha almoçado se alguém perguntasse.
Gabriele permaneceu calada por um instante.
— Até quando vai me culpar por isso? Independente de qualquer coisa, eu sou sua mãe. Posso não ter sido a melhor mãe do mundo, mas eu sou sua mãe. – disse, olhando para a filha. - Até quando vai me tratar assim?
Vivi ficou em silêncio por uns segundos.
— Até me deixar em paz. A senhora não percebeu ainda? Será que eu vou ter que desenhar? Não quero que chegue perto de mim, não quero que fale comigo. A sua simples presença me deixa mal... Só o fato de olhar para seu rosto me dá raiva e tristeza. Se realmente me ama como diz, então, por favor, se afaste de mim. É a melhor forma de me fazer feliz.
Gabriele não teve qualquer reação diante daquelas palavras.
— Vou pedir a Sônia para trazer algo.
Viviane voltou a ler o livro, enquanto Gabriele saía e fechava a porta atrás de si.
Emanuela subia as escadas para ir ao seu quarto, quando viu Gabriele descendo. Parecia um pouco abatida.
— Está tudo bem, dona Gabriele?
Gabriele apenas sorriu, mas depois pareceu lembrar algo.
— O almoço já está pronto. Vou avisar a sua irmã e poderemos almoçar.
Emanuela subiu as escadas e antes de entrar em seu quarto, olhou em direção ao quarto de Viviane. Lembrou-se da expressão de Gabriele. Foi até o quarto de Viviane e bateu na porta antes de abrir.
— Viviane? – disse, entrando e vendo que a garota se concentrava na leitura de um livro.
— Pelo jeito não vou terminar esse livro nunca. – disse, fechando o livro e olhando para Emanuela. – O que você quer?
Emanuela aproximou-se.
— Queria conversar com você. – disse.
Viviane suspirou.
— Sobre o quê? O que a perfeitinha da Emanuela quer me dizer de novo?
Emanuela sentou-se na cama em que Viviane estava.
— Perfeitinha, você diz...  
— E então, o que veio dizer hoje? Ah... Talvez você tenha visto a Gabriele, não é? Aposto que ela estava chorando... – disse Viviane, ficando pensativa por alguns instantes.
Emanuela olhou para Viviane e percebeu algo diferente.
— É isso mesmo que você quer?
— Eu já disse a você... Quero que ela sofra tanto quanto eu sofri. Eu odeio aquela mulher...
Emanuela suspirou.
— Tem certeza?
— Claro. Você não estava aqui. Você não sabe o tipo de mulher que ela era. Como ela me tratava. Como ela me desprezava, quando eu não tinha feito nada.
— E até quando vai continuar com isso?
— Até eu ficar satisfeita, o que pode significar nunca.
— Não estava falando disso. Estava falando até quando vai sentir pena de si mesma.
Viviane olhou confusa para Emanuela.
— Pena de mim mesma?
— Sim. Esse é o pior sentimento que alguém pode sentir por si mesmo. Achar que toda a sua infelicidade ou tristezas é culpa de outra pessoa. Achar que todos os outros são os vilões e você é apenas a coitadinha que sofre todas as injustiças. Isso é sentir pena de si mesma.
Viviane pareceu ficar chateada com o que ouviu.
— Não estou sentindo pena de mim mesma.
— Está. E quando alguém continuamente sente pena de si mesma, ela acaba se tornando pior do que as pessoas que ela culpa. Egoísta e infeliz. Odiando todos ao redor e sendo odiada por todos. Se continuar assim, você vai realmente odiar a sua mãe. É isso que quer?
Viviane parecia estar sem palavras.
— Você sente raiva da sua mãe, porque acha que ela não sofreu o suficiente e isso parece injusto para você. Mas você se esqueceu que também errou? Não lembra que humilhou a mim e a minha irmã na sua festa?
— Você vai passar isso agora na minha cara?
— Não. O que estou dizendo é que essa pena que você sente faz com que você apenas machuque os outros e a si mesma. E as pessoas acabam se afastando de você por causa disso. Como eu disse, se não quer mesmo odiar a sua mãe, então deveria parar.
— Como pode dizer isso? Você não sabe o quanto eu sofri.
— Não sei. Mas conheço uma garota que mesmo tendo passado por muitas dificuldades, nunca reclamou. Ela que presenciou o assassinato da própria mãe e por causa disso tem pesadelos constantes. Ela continua sorrindo sem guardar mágoa de ninguém, nem mesmo do que você fez, Viviane. Quando todas as pessoas condenavam o seu mau comportamento, ela se sentiu mal por você. Porque alguém assim continua seguindo em frente, eu e você não temos o direito de viver no passado.
Dizendo isso, Emanuela saiu do quarto.
Na sala de jantar, Gabriele sentou-se a mesa, junto com Camila, Iêda e até mesmo Érica. Logo em seguida vieram Emanuela e Mariana.
— Bem, podemos começar. Acho que Vi... – Gabriele foi interrompida pelo aparecimento de Viviane. – Então, acho que agora podemos começar.
Emanuela olhou para Viviane e sorriu. Vivi desviou o olhar um pouco envergonhada.
***
Camila desceu do carro e olhou para aquele prédio. De dia parecia um prédio comum, exceto por não ter nenhum movimento. Entrou e observou a boate por dentro. Um barman limpava o local, enquanto conversava com uma mulher. Quando a mulher a percebeu, foi ao seu encontro.
— Bom dia, em que posso ajudá-la?
Camila olhou para Rosália da cabeça aos pés.
— Gostaria de falar com o Fernandes.
Rosália olhou para Camila e se perguntou que negócios uma mulher tão fina teria a falar com uma pessoa como o seu meio-irmão.
— Você marcou hora? Ele é muito ocupado...
Camila riu.
— Apenas diga que a mulher de Otávio Alcântara Jr. está aqui.
Rosália suspirou e foi ao encontro Fernandes que estava em seu escritório. Depois de algum tempo voltou.
— A senhora poderia me acompanhar?
As duas entraram por uma porta que havia na boate e depois de andar por alguns minutos, chegaram a uma porta. Rosália bateu a porta e abriu. Camila entrou e encontrou um homem de estatura baixa, encostado na mesa do escritório, sorrindo.
— Muito prazer. – disse ele, estendendo a mão. – Meu nome é Fernandes, como deve saber. Estou muito honrado com sua presença.
Camila não estendeu a mão, o que irritou um pouco Fernandes.
— Muito prazer, meu nome é Camila Alcântara. Nós nos falamos por telefone.
— E a quem devo a honra de sua presença, Senhora Alcântara? – e apontando em direção a uma cadeira. – Sente-se, por favor.
Camila sentou-se.
— Estou aqui para falar de negócios.
Fernandes riu. Voltou para a sua poltrona e depois de acender um charuto, olhou atentamente para Camila.
— E de que negócios, a moça veio falar?
Camila sorriu.
— Eu não estou aqui para brincadeiras, senhor Fernandes. – e séria. – O senhor é subordinado direto do Dr. Marcos, não é?
Fernandes que estava sorrindo, de repente, ficou sério.
— Eu não sei do que você está falando. – disse, logo em seguida fumando o charuto.
Camila riu.
— Não precisa se fazer de desentendido... Sei perfeitamente que tipo de negócios o tio do meu marido possui. Conheço muito bem o tipo de mercadoria que ele exporta para a Europa.
Fernandes inclinou-se para frente, olhando para Camila.
— Se sabe, deveria perfeitamente compreender que não é algo que a senhora pode se meter. E não deveria ser tão imprudente a ponto de mencionar o nome dele em um lugar como esse.
Camila olhou para Fernandes.
— O medo é para os fracos, senhor Fernandes. Já que estou aqui, significa que estou disposta a sacrificar qualquer coisa.
Fernandes sorriu.
— Eu diria que o medo é um aviso para os descuidados, senhora Alcântara. – e fumando o charuto. – Mas você não veio aqui para falar do tio de seu marido, não é?
— Tem razão. Como eu disse, vim falar de negócios com o senhor. Algo que realmente vai lhe interessar.
Fernandes olhou para Camila pensativo.
— E o que seria tão grande a ponto de chamar minha atenção?
Camila sorriu.
— O senhor sabe que existe a possibilidade de ser o próximo na linha de sucessão. Há a possibilidade de o senhor ficar no lugar do Dr. Marcos.
Fernandes olhou para Camila, tentando entender quais as razões por trás daquelas afirmativas.
— Continue.
— Mas o senhor deve saber que possibilidade não significa certeza. O que eu quero dizer é que se o senhor quer realmente ser o chefe, eu posso lhe ajudar.
Fernandes riu.
— Você está dizendo que eu deveria trair o meu superior? Está louca? Se sabe o tipo de homem que ele é, deveria saber também que tipo de torturas ele faz com as pessoas que traem a sua confiança. Coisas que fariam mafiosos italianos ficarem surpresos.
Camila permaneceu séria.
— Não disse que não haveria um risco envolvido. Mas o que posso dizer é que tenho, se não dizer tanto poder quanto o seu chefe, um grande poder.
— Do que está falando?
— Poucas pessoas sabem... Mas sou única herdeira dos negócios da minha família. Eu mudei meu sobrenome quando me casei, mas anteriormente eu me chamava Camila Mansini.
Fernandes pareceu surpreso, tão surpreso que por alguns segundos se manteve olhando para Camila admirado.
— Mansini... Família Mansini, de descendência italiana, chefe do submundo do jogo do bicho. Quem diria que você é alguém tão importante. E se, hipoteticamente, eu estivesse interessado, o que eu teria de fazer em troca? E que garantias você me daria para que o Dr. Marcos não quisesse a minha cabeça em uma bandeja depois?
Camila sorriu.
— Não se preocupe. A tarefa que tenho para você é muito simples.